BLOG DO ARI
Campinas, SP, 25 (AFI) – Se a proposta do Guarani era se defender e não perder do São Paulo, o objetivo foi alcançado no empate por 1 a 1, na noite deste domingo, em Campinas.
O cálculo feito pela comissão técnica e jogadores bugrinos é de possibilidade de buscar os pontos necessários para fuga do rebaixamento nas duas rodadas subsequentes da primeira fase do Paulistão, contra o Botafogo em Ribeirão Preto, na sexta-feira, e Bragantino em Campinas, na última rodada da primeira fase.
Apesar da ‘cera’ feita por alguns jogadores bugrinos, para sustentação do empate nos minutos finais, como o goleiro Vladimir que recebeu cartão amarelo, na prática o ponto conquistado – agora o sexto – não serviu para reduzir o drama de sua coletividade, na competição
De qualquer forma, o resultado permitiu que ganhasse uma posição, superando o Ituano no critério saldo de gols, pois agora ambos estão empatados com seis pontos.
E agora?
O bugrino ainda permanece fazendo cálculos sobre supostos tropeços de concorrentes diretos, devido ao clima de incerteza.
CONCORRENTES TROPEÇAM
A respirada parcial também se deve a tropeços de concorrentes, a começar pelo Ituano, que mesmo em seus domínios perdeu para o Bragantino por 1 a 0, e assim permanece com seis pontos.
Como o Santo André não explorou o fator campo e torcida para vencer a Inter de Limeira – ficando no empate sem gols -, também continua na lanterna.
BOTAFOGO
Neste cenário preocupante, a vitória do Botafogo sobre a Portuguesa por 2 a 1, também na noite de domingo em Ribeirão Preto, pode até servir de alento para o Guarani.
Ao subir para 11 pontos, o Botafogo praticamente escapou do risco de rebaixamento, e isso pode até favorecê-lo para poupar alguns titulares no confronto entre ambos.
Por que?
Como o Botafogo garantiu vaga à segunda fase da Copa do Brasil, ao vencer o Nova Venécia (ES) por 2 a 1, na hipótese de a CBF confirmar o seu jogo contra o Anápolis para quarta-feira da semana subsequente, ele pode sim optar por equipe alternativa diante do Guarani, até porque a receita na competição nacional é alta. Recebeu mais de R$ 2,7 milhões ao avançar no primeiro jogo.
EMPATE
A instabilidade do São Paulo neste Paulistão, que havia derrapado nos três últimos jogos, com derrotas para Ponte Preta e Santos, e empate com o Bragantino, foi determinante para que o time perdesse um pouco da confiança, e o Guarani soube tirar proveito desta oscilação para se defender e optar basicamente por contra-ataques.
Até o São Paulo chegar ao seu gol, através de cobrança de pênalti pelo centroavante Calleri, aos 24 minutos, com chute no meio do gol, o desenho do jogo era o visitante no ataque e o Guarani apenas se defendendo.
Embora em seguida o time são-paulino tivesse optado pela administração da vantagem, quase chegou ao segundo gol após lançamento do lateral-esquerdo Welington para Calleri, cujo chute saiu à esquerda da meta bugrina.
A rigor, aquela foi a quarta chance para o São Paulo definir o jogo ainda no primeiro tempo, pois o atacante Ferreirinha desperdiçou duas delas, com chute para fora e defesa do goleiro Vladimir.
Aí, o Guarani, que não havia ameaçado, chegou ao gol de empate após cobrança de escanteio, aos 50 minutos.
Em bola espirrada na área, coube ao zagueiro bugrino Léo Santos marcar o gol de empate, com toque final da bola no canto esquerdo do goleiro Rafael.
O mesmo Léo Santos que cometeu o pênalti sobre o são-paulino Pablo Maia.
CLAUDINEI OLIVEIRA
O conceito do treinador Claudinei Oliveira, do Guarani, ao escalar a equipe com três zagueiros – e acuados – propiciou espaço para que o São Paulo, através de toque de bola, fosse envolvente, com sobrecarga aos volantes Camacho e Anderson Leite.
A estratégia defensiva do Guarani teve validade no segundo tempo, porque já havia chegado ao gol de empate.
E como o São Paulo não conseguiu penetração na marcação bugrina, exagerou nos chuveirinhos, quase sempre rechaçados.
Assim, se a equipe são-paulina ameaçou com bola na trave chutada por Wellington Rato e precisa defesa do goleiro bugrino Vladimir em finalização certeira de Michel Araújo, no canto direito; o Guarani, em contra-ataques, também ameaçou, exigindo duas defesas apuradas do goleiro Rafael, em finalizações de Gustavo Franco e Anderson Leite, aos 54 minutos do segundo tempo.