Campinas, SP, 10 (AFI) – Há um mês publiquei texto na coluna Reminiscência sobre o ex-atacante Terto do São Paulo, das décadas de 60 e 70 do século passado. Ele morreu na última terça-feira, aos 77 anos de idade.
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Pois é, comece a se dar conta que em pouco mais de uma semana a bola volta a rolar na competitiva Série B do Brasileiro.
Eis a pergunta que não quer calar: a quantas anda aqueles clubes que supostamente objetivam o acesso e outros ‘atrevidos’ com jeito de tentar cavar um espaço no pelotão de cima?
Sobre Ponte Preta e Guarani vocês estão vendo aí, portanto tirem as suas próprias conclusões.
É preciso partir da premissa que, embora o regulamento estabeleça quatro vagas de acesso ao Brasileirão, o jeito é cair na real, porque uma delas tem dono antes de a competição começar.
SANTOS
Ou depois de você ver o futebol praticado pelo Santos no Paulistão haja suspeita que a boleirada vai ‘negar fogo’ na Série B? A partir desta linha de raciocínio, outras três vagas estarão em disputa.
Não nos esqueçamos que provavelmente o Novorizontino esteja brigando pelo acesso, embora o clube tenha perdido o meia Rômulo para o Palmeiras, rescindido o contrato do centroavante Jenílson e devolvido o zagueiro Chico para o Sport Recife, clube que detém os direitos econômicos dele.
Teoricamente, o que esperar dos então rebaixados do Brasileirão do ano passado?
A princípio, não tenha tanta certeza que todos eles estejam em condições de recuperar o espaço perdido.
AMÉRICA MINEIRO E CORITIBA
Dos outros três rebaixados à Série B em 2023, a grosso modo apenas o América Mineiro deve entrar credenciado na competição, pois manteve a base, fez um Campeonato Mineiro recomendável, e contratou o centroavante Vinícius, que estava no Goiás.
Já o Coritiba, transformado em SAF (Sociedade Anônima de Futebol), teve o propósito, nesta temporada, de reduzir gastos no futebol em cerca de 50%. Isso sinaliza que deve recorrer às apostas de jogadores, como o volante Morelli, do Maringá, já contratado.
AVAÍ E CHAPECOENSE
O que esperar do Avaí, com o treinador Eduardo Barroca?
O clube continua apostando na estruturação com três zagueiros, o que abre espaço para o lento Alan Costa ser fixado entre os titulares.
Lá estão o atacante Willian Pottker, assim como o centroavante Gabriel Poveda, por ora reserva.
E, a exemplo do Coritiba, o Avaí também ficou de olho no Maringá, e de lá levou o lateral-direito Marcos Vinícius.
Acreditem: a cartolada da Chapecoense está vibrando com a contratação do meia Giovanni Augusto, 34 anos de idade, aquele que passou pelo Guarani e esteve na Portuguesa no Paulistão recém encerrado.
Por lá, parte da mídia cita que o principal objetivo do clube é a fuga do rebaixamento.
GOIÁS CONTRATA
Como o Goiás ‘capengou’ no Campeonato Goiano e na Copa do Brasil, é natural que se criasse suspeita sobre a sua capacidade de imediata recuperação.
Por isso, a diretoria do clube providenciou mudanças no Departamento de Futebol, e assim espera sinalizar novos ares.
Lá chegaram o executivo de futebol Lucas Andrino e o treinador Márcio Zanardi, que vieram do São Bernardo, clube de campanhas recomendáveis nas duas últimas edições do Paulistão.
E quem foi contratado?
O clube apostou no meia Régis, ex-Guarani, e o atacante Thiago Galhardo está se despedindo do Fortaleza para defendê-lo.
Informações da mídia de Fortaleza citam que o atleta teria agredido um funcionário do Ceará com chute durante a confusão entre atletas, após o duelo da final da competição estadual travado sábado passado.
Restando ultimar detalhes da contratação do zagueiro David Braz, do Fluminense, o setor terá Messias – ex-Santos – já contratado.
SPORT E CEARÁ
Após conquistar o título pernambucano, o Sport vai mostrar nesta Série B jogadores conhecidos do futebol campineiro, como o goleiro Caíque França e os atacantes Pablo Dyego e Zé Roberto, que passaram pela Ponte Preta, enquanto o zagueiro Luciano Castán jogou no Guarani.
O Ceará está proibido de contratar jogadores enquanto não quitar dívida de 80% dos direitos econômicos do atleta Saulo Mineiro, contratado do Yokohama do Japão por cerca de R$ 3 milhões, após ter sido acionado na Justiça.
O clube procura maneiras para equacionar esse problema de transfer ban, imposto pela Fifa.
Certeza, por lá, é a permanência do regularíssimo zagueiro Luiz Otávio, que renovou contrato, e do treinador Wagner Mancini, que decidiu trabalhar com o limite de 28 atletas.
VILA NOVA E PAYSANDU
Igualmente o Vila Nova conta com jogadores que passaram por Campinas, como o lateral-direito Apodi, volante Igor Henrique – Guarani e Ponte Preta – e atacante Júnior Todinho, os dois últimos integraram o elenco do Água Santa no Paulistão.
Eis a surpresa: o Vila Nova descobriu no Primavera de Indaiatuba o lateral-direito Elias, 24 anos de idade, e o contratou por empréstimo. Será que o atleta chega lá bem recomendável e os clubes de Campinas não viram isso?
Já o Paysandu, do treinador Hélio dos Anjos, um dos caçulas desta Série B, vem credenciado pelo título estadual e voltar a duelar com o Remo pela semifinal da Copa Verde.
O Paysandu aposta as suas fichas no ataque com o questionável Nicolas, o mesmo que já passou por Goiás e Ceará.