Rio de Janeiro, RJ, 14 (AFI) – A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) negou que tenha pedido para o lateral Yan Couto, convocado para atuar na Copa América pela seleção brasileira, mudar a cor do cabelo. O atleta do Girona é conhecido por seu cabelo rosa, mas voltou com a coloração natural das mechas para os amistosos antes do torneio internacional.
A polêmica começou após a divulgação de uma entrevista do lateral ao Uol. Durante a conversa, Yan Couto afirmou que retirou a tintura rosa do cabelo após um pedido da própria CBF. “Foi um pedido, basicamente. Falaram que o rosa é meio ‘vacilão’ assim. Eu não acho, mas vou respeitar, né. Me pediram, vou fazer.”
A entidade afirma que realizou apenas recomendações padrões para todos os jogadores convocados. Temas como horário, folgas, alimentação, uso dos uniformes e postagens em redes sociais foram debatidos, mas não houve nenhuma recomendação referente à coloração capilar. A única proibição orientada aos atletas teria sido referente à utilização de cordões e brincos durante treinamentos. A Fifa proíbe que tais acessórios sejam utilizados durante as partidas.
Durante os treinamentos das últimas semanas com a seleção brasileira, Yan Couto chegou a ser questionado durante entrevista coletiva sobre a mudança do cabelo, mas desconversou sobre o assunto.
“Estava jogando com o cabelo rosa a temporada toda. Na verdade, foi uma escolha minha, estava dando certo, foi legal. Mas foi uma coisa mais para o Girona, muita gente lá pintou o cabelo, foi meio que moda. Aqui na Seleção, o ciclo encerrou. Sou o Yan de cabelo preto, não muda nada, continua sendo o mesmo”, afirmou o lateral.
O jogador já atuou antes pela seleção brasileira em 2023, quando a equipe era comandada por Fernando Diniz e, à época, atuou com o cabelo pintado de rosa.
CARTILHA
Curiosamente, veio à tona uma cartilha da CBF com algumas “proibições”, logo após uma lista que funcionários precisam cumprir para trabalhar no Maracanã em jogos de Flamengo e Fluminense. Essa cartilha foi feita pelos próprios clubes.
Apesar de fazer algo semelhante, a CBF bate na tecla que é apenas uma orientação e não proibição. No entanto, a entidade não esconde o fato de que quer mudar a imagem da seleção brasileira, que já não vem recebendo o mesmo respeito como outrora.
Veja alguns itens na lista da CBF:
– Passar imagem de seriedade;
– Evitar brincos chamativos;
– Não usar colares extravagantes;
– Usar as redes sociais de maneira sóbria e com discrição, sem brincadeirinhas;
– Usar o celular na mesa de jantar somente depois da refeição;
– Evitar chegar ao estádio com fones de ouvido ou música alta;
– Evitar aparecer em vídeos oficiais ouvindo música e brincando no vestiário;
– Respeitar horários;
– Não atrasar a saída do ônibus;
– Não comer nada fora do plano nutricional no quarto.