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De apoio às vaias; depois aplausos e xingamento. É o torcedor do Guarani

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 2 (AFI) – Vai entender esse troço chamado futebol, no empate por 3 a 3 entre Guarani e Ituano, na noite desta terça-feira, em Campinas! Os diferentes comportamentos da torcida bugrina foram um capítulo à parte.

Das arquibancadas e sociais, inicialmente a ordem era transportar vibração para os jogadores.
Aí silenciaram quando o Ituano abriu o placar aos 42 minutos do primeiro tempo, quando o atacante Thonny Anderson vislumbrou o seu parceiro Vinícius Paiva que fechava por dentro, serviu-lhe com preciso passe nas costas dos zagueiros bugrinos Léo Santos e Douglas Bacelar, para complemento de jogada com sucesso, em chute fraco e a bola ainda desviando no goleiro Vladimir, antes de entrar mansamente no canto direito.

VAIAS E COBRANÇAS

Quando o Ituano ampliou a vantagem para 2 a 0, aos 11 minutos do segundo tempo, ouviu-se um coro ‘ensurdecedor’ de vaias e cobranças aos jogadores bugrinos, Era um gesto dos torcedores que não aceitavam aquilo que viam.

No lance do segundo gol do Ituano, em contra-ataque que começou com Vinícius Paiva pela esquerda, Miquéias foi servido na direita, e fez o cruzamento rasteiro para o meia Yann Rolim, livre de marcação na pequena área, apenas empurrar a bola às redes.

Apesar da disposição da boleirada bugrina para reverter a diferença, persistia a impaciência dos torcedores, até que jogada individual do centroavante Caio Dantas, livrando-se de adversários e concluindo contra o canto direito do goleiro Jefferson Paulino, aos 29 minutos do segundo tempo, provocou mudança de comportamento daquele cenário.

Aquelas vaias foram transformadas novamente em aplausos, e assim a equipe foi empurrada ao empate, que ocorreu aos 38 minutos, novamente através de Caio Dantas, batendo de primeira na bola um cruzamento vindo do lado direito do campo.

ALÍVIO?

Aquele momentâneo 2 a 2 fez o bugrino puxar o fôlego de alívio, sobre aquilo que parecia perdido. A partir dali, a crença pela virada de placar já era evidente para torcedores do Guarani.

Alívio? Como ficar aliviado se aos 42 minutos do segundo tempo o centroavante Salatiel, do Ituano, que havia substituído Thonny Anderson, driblou como quis o lateral-direito Heitor e zagueiro Douglas Bacelar, finalizou, a bola ainda desviou no zagueiro Léo Santos e Vinícius Paiva foi o último a tocar para o Ituano, recolocando-o novamente à frente do placar: 3 a 2.

HEITOR

Haja coração, dizia o ex-narrador Galvão Bueno.

Quando voltava a desconfiança do bugrino, que já dava tudo como perdido, eis que no desdobramento de cobrança de escanteio, a bola caiu no pé direito de Heitor, que raramente acerta nas finalizações. Todavia, no minuto seguinte após a sua equipe sofrer o terceiro gol, ele estufou as redes adversária com chute forte e certeiro no canto esquerdo do goleiro Jefferson Paulino: 3 a 3.

CORRERIA E FALHAS

Este empate reflete com clareza aquilo que Guarani e Ituano têm a mostrar aos seus torcedores: muita correria e pouca competência.

Avaliação precipitada do treinador interino do Guarani Marcelo Cordeiro ao recorrer à escalação do lateral-esquerdo Vinícius Kauê, nervoso e errando a maioria dos lances.

O momento ainda não é propício para se rebuscar jogadores recém-saídos da base, como o atacante Rafael Freitas, que desperdiçou a única oportunidade do Guarani durante o primeiro tempo, quando chutou a bola em cima do goleio Jefferson Paulino.

A bem da verdade, durante o segundo tempo, chances reais criadas pelo Guarani foram convertidas através de Caio Dantas, enquanto o Ituano, além dos citados gols, ameaçou apenas mais uma vez, quando Tonny Anderson exigiu defesa do goleiro Vladimir.

ERROS

De duas equipes extremamente limitadas, com erros de passes, precipitações em jogadas, chutões desnecessários e finalizações sem rumo, salvou-se a disposição dos jogadores na busca do resultado, que, no frigir dos ovos, pode não servir na luta desesperada de ambos na tentativa de fuga da zona de rebaixamento.

Aquele Ituano que veio a Campinas de peito aberto durante o primeiro tempo, para atacar e construir o resultado, se acovardou após o intervalo, cedeu espaço para que o Guarani tivesse maior volume ofensivo, e pelo desenho do jogo, pode-se dizer que o empate se ajustou àquilo que ambos fizeram.

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