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Blog do Ari – Imprensa desvendava os mistérios dos dérbis

Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 28 (AFI) – A última imagem do futebol bugrino foi sofrível, do Guarani diante do CRB. Como nada melhor que um dia após o outro, de certo a imagem para enfrentar a rival Ponte Preta, na noite deste domingo, será diferente. A cara de melhoria técnica da Ponte Preta todos nós vimos na vitória sobre o Ceará por 3 a 1.

Sim, como mandante, com Nelsinho Baptista no comando técnico, a equipe tem convencido, mas derrapado em jogos fora. E contra o Guarani será mais uma vez fora de casa.

Como tudo é especulação em véspera de dérbi, desconhece-se as escalações das respectivas equipes. Logo, tudo que for mencionado por aí será mera especulação.

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IMPRENSA

Sempre prevaleceu o esconde-esconde em véspera de dérbi, mas décadas passadas, devido à acirrada concorrência entre veículos de comunicação de Campinas, a ‘reportaiada’ era atrevida e, por vezes, até inconveniente em busca da informação.

Quando contratado pelo Guarani em 1980, o treinador Cláudio Garcia levou o seu elenco para treinar num campo na cidade de Valinhos, em véspera de dérbi.

Então, como esconder estratégia se confiáveis fontes indicaram local e horário do treino?

O saudoso Zé Duarte, como treinador do Guarani, tentou despistar local de preparação pré-dérbi, mas ‘abençoados linguarudos’, no Estádio Brinco de Ouro, indicaram o caminho de Jaguariúna, e ‘seu’ Zé deu-me uma baita de uma bronca quando ficamos frente a frente.

PONTE PRETA

Em mil novecentos e bolinha, com Antonio Augusto, o Pardal, no comando técnico da Ponte Preta, a delegação desapareceu de Campinas numa manhã de sexta-feira, antevéspera de dérbi, e como obter informações?

Se no clube prevalecia o silêncio absoluto, do porteiro à cozinheira, o ‘imaginário’ indicou que o coletivo apronto poderia estar sendo realizado em Itatiba, local escolhido de vez em quando para a Ponte treinar.

Chegando ao devido local, a constatação foi que a bola rolava, gritaria geral em clima de dérbi, mas como ‘meter as caras’?

O jeito foi subir numa árvore, espiar tudo sem que fosse identificado, e só dei as caras pouco antes da delegação seguir viagem, para conversa com o treinador que, surpreso com a intromissão, deu-me uma baita ‘carcada’, pra depois desconversar.

Eram outros tempos, quando os clubes não se cercavam de tantos seguranças para isolar as delegações.

Tempos de atrevimento da ‘reportaiada’, que contrasta com o comodismo de hoje.

Por sinal, no futebol, política e assuntos gerais, quem viu a imprensa do passado não a compara àquilo que vê hoje.

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