Campinas, SP, 19 (AFI) – No Dia Nacional do Futebol, 19 de julho, o esporte mais popular do Brasil pode ser uma boa fonte de aprendizado. A data foi criada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 1976, para homenagear um time do Rio Grande do Sul, o Sport Clube Rio Grande, fundado em 19 de julho de 1900. Dias depois – 11 de agosto- nasceu a Ponte Preta.
Mas foi Charles Miller, que introduziu o futebol no Brasil após uma viagem à Inglaterra em 1984. Esporte que rapidamente caiu no gosto popular.
Opções não faltam: a Eurocopa, que teve o maior destaque de todos os tempos da disputa, o término da Copa América e o Campeonato Brasileiro, adolescentes e jovens de todo o país têm vários motivos para se interessar mais pela Geografia e aprender ainda mais sobre as regiões dos times que participam dos campeonatos.
Um bom exemplo vem de Joaçaba, em Santa Catarina. Lá a professora Rosalina Franceschet do Colégio Marista Frei Rogério, incentivou seus alunos a pesquisarem mais sobre os times participantes da Copa América. Na opinião da educadora, campeonatos como este, são um incentivo para tornar o aprendizado mais leve.
‘‘O projeto mostrou como a Geografia é uma disciplina atual e importante aos alunos. A Copa América foi um ótimo gancho para debater não só o relevo de cada País, mas também as diferenças socioeconômicas e possíveis soluções para os problemas”, explicou.
Além disso, com o Campeonato Brasileiro e a Libertadores em alta no país, estudantes podem se aprofundar ainda mais na geografia do Brasil e descobrir através do esporte localizações e curiosidades sobre cada região.
BRASIL SEGUE SENDO REFERÊNCIA?
No Dia Nacional do Futebol uma dúvida é levantada. O Brasil segue sendo a principal referência no esporte? A eliminação vexatória eliminação precoce na Copa América e as últimas campanhas em Copas do Mundo contestam.
Neymar também faz essa dúvida aumentar, já que não tem conseguido apresentar grande futebol há anos, digamos, na mesma altura de Messi, Cristiano Ronaldo, Rodri, dentre outros. No entanto, nomes como o de Vinicius Júnior tem representado bem. O ex-atacante do Flamengo, inclusive, vem sendo cotado como o melhor jogador do mundo.
O próprio técnico Estevam Soares, com passagens importantes por times tradicionais do futebol paulista e do Brasil, como Ponte Preta, XV de Piracicaba, Palmeiras, Guarani, Botafogo, entre muitos outros, revelou preocupação com o nível técnico dos jogadores brasileiros, mas foi enfático ao afirmar que vê o país pentacampeão ainda como o melhor do mundo.
“Nós vivemos em um momento muito importante, de transição no futebol brasileiro. Ainda somos os melhores, temos valores expressivos tanto na área de atletas como de treinadores. Mas precisamos nos reorganizar para que possamos manter essa hegemonia, caso ao contrário seremos batidos facilmente por qualquer seleção da Europa”, afirmou o treinador ao Portal Futebol Interior.
Estevam Soares ressaltou ainda a importância de uma reformulação no futebol brasileiro. “Precisamos passar por uma reformulação urgente. Ou vamos ficar atrás de Bélgica e outros países emergentes da Europa. Isso sem contar as potências. E essa reformulação tem que passar pela parte estrutural, fora de campo. Repensar várias coisas, como calendário, deixar de priorizar só os times da elite e olhar com mais carinho para o interior, até para proporcionar mais emprego aos jogadores profissionais”, disse o comandante, que completou.
“Temos que ter uma revolução na formação de atletas, principalmente na parte técnica. Temos valorizado conceitos técnicos, que precisar ser revistos. Além disso, os jogadores estão se baseando apenas nos direitos e esquecendo os deveres. Precisamos ter uma formação mais rígida a nível de formar homens e atletas melhores”, finalizou.
O treinador bateu em um ponto muito importante, pois os atletas brasileiros perderam o gingado e a postura ofensiva, precisam se inspirar mais em Pelé, Garrincha, Djalminha, Denilson e Ronaldinho Gaúcho, apenas alguns nomes que encantaram o mundo com dribles e bom futebol.
“Temos que ser honestos, paramos de ser protagonistas. Contra a Colômbia, procuramos mais marcar do que jogar. Se o meio-campo não consegue trabalhar a bola, não consegue construir jogada. Se a bola é esticada o tempo todo, se o atacante tem que disputar na corrida o tempo todo, você não consegue produzir. Vivemos momento de mudança e temos de entender isso. Não somos mais protagonistas”, disse Ricardinho, pentacampeão com a seleção brasileira
RECORDES
Apesar da queda em nível técnico, o Brasil segue carregando alguns recordes importantes, além de ser o único time pentacampeão mundial. Pelé segue sendo o único jogador a conquistar três vezes o título mundial e o que mais fez gols: 1283. Cristiane é a maior artilheira das Olimpíadas, com 14 gols. E a seleção continua sendo a equipe que mais marcou gols em uma final de Copa do Mundo, no 5 a 2, diante da Suécia, em 1958.
Ou seja, o Brasil tem muita inspiração do passado e precisa usar isso para se reinventar e buscar novas conquistar. Quem sabe na Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, Canadá e México, os craques do passado entre em campo como os atletas do presente…