Campinas, SP, 06 (AFI) – Encarando a Espanha no Estádio Velódrome, em Marselha, na França, o Brasil goleou o adversário por 4 a 2, e se garantiu na dispbuta da medalha de ouro no futebol feminino dos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Pela semifinal disputada nesta terça-feira (06), Paredes, em gol contra, e Gabi Portilho abriram 2 a 0 no primeiro tempo. Após o intervalo, Adriana e Kerolin anotaram os gols brasileiros, enquanto Paralluelo descontou duas vezes para a Espanha.
O resultado colocou o Brasil na decisão da medalha de ouro da categoria diante dos Estados Unidos, que superou a Alemanha por 1 a 0, na prorrogação, em duelo disputado também nesta terça-feira. A final acontece no sábado (10), às 12h. Pela medalha de bronze, as seleções europeias se encaram na sexta-feira (09), às 10h.
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PRESSÃO E BRASIL NA FRENTE!
Em busca de revanche diante da seleção espanhola, o técnico Arthur Elias escalou uma equipe com apenas cinco das onze atletas que iniciaram o primeiro embate diante da Espanha. Destaque para as ausências de Marta, cumprindo segundo jogo de suspensão, e Tamires, lateral que rompeu o ligamento do joelho e foi cortada da competição.
O Brasil entrou ligado, e tirou proveito logo no começo. A goleira Cata Coll teve a bola nos pés e foi dar um bico pra frente na pressão da atacante Priscila. Quando chutou, a bola resvalou na atacante e carimbou as costas da zagueira Irene Paredes e foi morrer mansa no fundo do gol, abrindo 1 a 0 Brasil aos cinco minutos.
A seleção brasileira aumentou a pressão quando viu a Espanha desorganizada nos primeiros minutos. Gabi Portilho recebeu de Yaya e bateu, mas Coll defendeu. Depois, pegou sobra próximo da marca penal, mas isolou.
De fora da área, Jennifer Hermoso respondeu pegando em cheio na bola, mas Lorena espalmou. O Brasil continuou empilhando chances perdidas, agora com Ludmila e Priscila. Na estrela de Gabi Portilho, a seleção brasileira marcou o segundo, aos 49 minutos. Yasmin cruzou com curva na área e a camisa 18, no limite da linha de impedimento, completou batendo rasteiro, aumentando a vantagem em 2 a 0.
BRASIL AMPLIA VANTAGEM
De volta do intervalo, a Espanha voltou mudada, com as entradas de Hernández e del Castillo. Logo aos quatro, Paredes e Codina se enrolaram, e a bola sobrou para Portilho, que acabou chutando de primeira e desperdiçando. O erro culminou na saída da camisa 4, substituída por Aleixandri.
Aos seis, Ludmila recebeu e bateu firme de fora, mas Cata Coll espalmou. No escanteio, o cruzamento com desvio passou na frente de Jheniffer, que se esticou mas não acertou a bola. Adriana e Duda Sampaio vieram a campo nos lugares de Angelina e Ludmila, em busca de um novo gás.
A Espanha voltou a assustar quando Jennifer Hermoso bateu de fora da área, mas novamente parou em Lorena. Em contra-ataque, o Brasil novamente foi fatal. Priscila disparou pela esquerda e tocou para Adriana, que carimbou o travessão. Na sobra, Gabi Portilho ajeitou de cabeça e convidou a camisa 9 para tentar mais uma vez e ampliar o placar para 3 a 0, aos 25 minutos.
CLASSIFICAÇÃO SOFRIDA!
Aos 39, a seleção espanhol conseguiu diminuir após cobrança de escanteio. No cruzamento, Hermoso apareceu livre para cabecear para a pequena área. Paralluelo desviou também de cabeça em direção ao gol, e Duda Sampaio resvalou, mas não conseguiu cortar.
Em seguida, Putellas deu sequência à pressão da equipe europeia, recebendo na entrada da área e batendo colocado, mas Lorena desviou e ela carimbou o travessão. A bola voltou para os pés da camisa 11 que de novo arriscou, mas Lorena novamente levou a melhor.
Aos 45, sobrou emoção para o Brasil. Hernández vacilou na saída de bola e Kerolin saiu na cara da goleira Cata Coll. Com requintes de crueldade, a camisa 7 sobrou em frieza para tocar por entre as pernas da arqueira e despachar a seleção espanhola em um sonoro 4 a 1.
Antes do fim, a Espanha repetiu jogada de escanteio e garantiu o bis de Paralluelo. A atacante se posicionou na pequena área, recebeu o desvio e finalizou. Tarciane bloqueou, mas no rebote, a camisa 9 diminuiu o placar em 4 a 2.
É PRA FAZER HISTÓRIA
O Brasil agora disputa o ouro inédito na tentativa de uma reparação histórica, porque volta a enfrentar os Estados Unidos na decisão. Nos anos de 2004 e 2008, a seleção canarinha foi até a final e nas duas vezes terminou com a medalha de prata, em ambas derrotadas pela seleção norte-americana, por 2 a 1 e por 1 a 0, respectivamente.