Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 13 (AFI) – Que coisa, hein Ponte Preta! Que vexame ao ser goleada impiedosamente pelo Ituano por 4 a 1, no Estádio Moisés Lucarelli, na noite desta sexta-feira.
Aquele torcedor pontepretano que cobrou raça de seu clube, após o tropeço diante da Chapecoense, há de convir que aqueles jogadores com gás até correram, mesmo que desordenadamente.
Problema é que futebol não pode ser encarado apenas na base da correria.
Como pode-se esperar que a Ponte Preta prospere se o seu treinador Nelsinho Baptista comete o espantoso equívoco ao escalar o fraquíssimo zagueiro Edson, para depois sacá-lo no transcorrer do segundo tempo, após tantas besteiras cometidas?
Aí, Nelsinho se irritou com a escolha errada e ‘sacou’ Edson para a entrada de Nílson Júnior.
JOÍLSON
Com a zaga titular cumprindo suspensão, a parceria de Edson não poderia ter sido pior com a escalação de Joílson.
Além desses comprometimentos diretos, considere que sem o mínimo de qualidade técnica, falta de compactação, desorganização e ausência de planejamento para as jogadas fluírem ofensivamente, o que esperar da Ponte Preta?
Por essas e outras não se pode reclamar de tomar ‘quatro no lombo’ no seu ‘fortim’.
ITUANO EXPLORA
O Ituano nada mais fez do que explorar falhas do compartimento defensivo pontepretano, para chegar facilmente aos gols.
Claro que tem-se que considerar que o Ituano soube rodar a bola com mais velocidade, mostrou sentido de penetração em seu ataque, principalmente explorando o hábil atacante de beirada Vinícius Paiva, que no primeiro tempo atormentou o lateral-direito Igor Inocêncio e depois ganhou bola nas costas do lateral-esquerdo Gabriel Risso.
SÓ DUAS VEZES
Acreditem: ao longo da partida, a Ponte Preta ameaçou a meta do Ituano apenas duas vezes.
A primeira, efetivamente, foi no lance do gol, quando Gabriel Novaes começou a construção da jogada pela esquerda, após passe do meia Élvis, com a bola chegando em Iago Dias, na sequência, que finalizou com sucesso, aos 15 minutos.
Depois disso, apenas um cabeceio do zagueiro Joílson, com desvio do centroavante Tonny Anderson, em bola com probabilidade de chegar ao gol.
No mais, o que se viu foi falta de transição recomendável pelos corredores, sem criatividade no meio de campo e atuações apagadas dos atacantes, tanto aqueles que começaram como os demais que entraram no transcorrer da partida.
VINÍCIUS PAIVA
A equipe do Ituano foi para o jogo com bastante determinação e chegou ao gol logo aos quatro minutos, em jogada pelo lado esquerdo através de Vinícius Paiva, arremate de Tonny Anderson no travessão, para Bruno Xavier estufar as redes.
Depois disso, o Ituano teve chance clara de chegar ao segundo gol em contra-ataque puxado por Vinícius Paiva, que se desvencilhou do zagueiro Joílson na corrida, mas finalizou fraco, em em cima do goleiro Pedro Rocha, que praticou a defesa, aos 37 minutos.
MAIS TRÊS GOLS
Aí veio o segundo tempo e Bruno Xavier fez o cruzamento para o interior da área, ocasião que Tonny Anderson ganhou de cabeça com facilidade do zagueiro Edson e marcou o segundo gol do Ituano, aos 11 minutos.
A vantagem foi ampliada aos 25 minutos, quando Bruno Xavier recebeu passe com a defesa pontepretana desguarnecida, e teve tranquilidade para deslocar a bola do goleiro Pedro Rocha, da Ponte Preta.
E três minutos depois, na base do ‘quero mais’, o Ituano sacramentou a goleada com jogada de Vinícius Paiva nas costas de Gabriel Risso, cruzamento e chegada oportuna de Bruno Xavier.