Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 25 (AFI) – No Guarani, o discurso pós-jogo do treinador Allan Aal do Guarani está ficando manjado em casos de derrotas. Ora cita que o time cometeu falhas que poderiam ter sido evitadas, ora transfere culpa para a arbitragem.
Na coletiva após a derrota para o Operário, Aal disse que o Guarani teve domínio total da partida, sem citar o melhor momento do adversário até metade do primeiro tempo, e com chances para dilatar o placar a partir da segunda metade do segundo tempo, não fossem defesas praticadas pelo goleiro Pegorari.
E não titubeou em transferir responsabilidade pela derrota à arbitragem, um comportamento impulsivo transferido de fora para dentro do gramado.
QUATRO MINUTOS
Observem que quando da marcação do pênalti cometido pelo zagueiro Matheus Salustiano, a partida ficou paralisada durante quatro minutos, com jogadores bugrinos cercando o ‘juizão’ Paulo Henrique Schleich em insistentes reclamações.
GUARANI DESTEMPEROU
Após o pênalti convertido por Boschilia, jogadores do Guarani se descontrolaram emocionalmente, com ácidas reclamações por discordância de faltas que cometiam.
Esse comportamento foi mais um dos ingredientes que serviram para desestabilizar a equipe na partida.
De um lado chiadeira, do outro um treinador que pensou o jogo – caso de Rafael Guanaes – ao ‘oxigenar’ o meio de campo do Operário com a entrada do volante Jacy, responsável pelo desarme nas tentativas de armações de jogadas do time bugrino.
ZÉ CARLOS
Quem também constatou esse descontrole emocional dos jogadores do Guarani, de certo imaginou a diferença para quem contava no elenco com o saudoso e paciente volante Zé Carlos, no anos de 1978.
Tivesse alguém com a ascendência sobre os companheiros, como ele, de certo gritaria ‘chega de confusão, vamos lá e vamos jogar’.
Se o descontrole emocional é transferido da beira para o gramado propriamente dito, como cobrar calma dos jogadores?