Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 2 (AFI) – Em determinado momento aquele fanático torcedor bugrino, que tomou chuva na noite deste domingo no Estádio Brinco de Ouro, se irritou e até quis cobrar melhor rendimento de seu clube contra o Palmeiras.
Pera aí, meu! Tente enxergar que há uma diferença técnica entre esses adversários, o que justifica plenamente a goleada palmeirense por 4 a 1, como o placar poderia ter sido ainda mais dilatado se o atacante Facundo Torres não desperdiçasse dois gols certos, com finalizações para fora e defesa do goleiro Gabriel Mesquita.
O atacante Thalys, que substituiu Maurício no Palmeiras, também perdeu oportunidade clara, além do gol marcado pelo meia Rafael Veiga anulado, que gerou dúvida sobre eventual posição de impedimento de Estevão, no início da jogada.
LIMITAÇÕES CLARAS
O bugrino precisa mentalizar que esse time montado é guerreiro, procura se ajustar taticamente na recomposição defensiva, na medida do possível procura valorizar a posse de bola com toques curtos, mas, ao enfrentar adversários claramente de nível técnico tão diferenciado, é necessário reconhecer a superioridade.
Logo, precisa distinguir que o campeonato de seu clube não é contra adversários de ‘ponta’, e sim com aqueles medianos ou um pouco mais fracos.
TIROU O PÉ
Como o Palmeiras construiu a vantagem por 2 a 0 com 12 minutos do primeiro tempo, a percepção clara de seus jogadores foi que seria possível tirar o pé, gíria que na linguagem do futebol é se poupar, tocar a bola sem a devida pressa.
Tanto que a equipe só voltou a ameaçar a meta bugrina aos 47 minutos daquele período, quando a bola cruzada da direita e disputada por Maurício se ofereceu, no rebote, ao meia Veiga, com bola chutada no canto direito do goleiro Gabriel Mesquita.
Todavia, por intervenção do VAR, foi apontado impedimento de Estevão no início da jogada.
ERRO EM SAÍDA
Se é válido o propósito do treinador bugrino Maurício de Souza de valorizar a saída de bola de trás, evidente que isso precisa ser medido diante de um adversário que sabe fazer marcação alta e com capacidade de desarme.
Pois o volante Nathan, do Guarani, errou em saída de bola, e disso se aproveitou o meia-atacante Maurício, do Palmeiras, para marcar o segundo gol de sua equipe, aos 12 minutos.
Antes disso, aos seis minutos, após cobrança de escanteio, o volante Richard Rios, em cabeceio certeiro, abriu o placar, sendo que a jogada anterior foi construída pelo atacante Estevão.
SEGUNDO TEMPO
Claro que desgaste físico de alguns jogadores do Palmeiras proporcionou que o Guarani tivesse mais espaço para trabalhar a bola no início do segundo tempo, sem que isso resultasse em criação de chances reais de gols.
Assim, aos 12 minutos, quando Estevão teve espaço para arrancar com a bola e não conseguiram pará-lo, o desfecho da jogada foi chute e bola em direção ao canto esquerdo de Gabriel Mesquita: 3 a 0.
Aí, aos 19 minutos, em erro de saída de bola do lateral-direito palmeirense Marcos Rocha, o lateral-esquerdo bugrino Emerson Barbosa cruzou e a complementação foi de Deni Júnior: 3 a 1.
Como o jogo caminhava para esse placar, aos 40 minutos o iluminado Estevão aproveitou cruzamento da esquerda do lateral Piquerez, para ganhar a disputa pelo alto do lateral Emerson e concluir de cabeça, marcando o quarto gol do Palmeiras.