Brasília, DF, 06 – Não há mais equipes invictas no Campeonato Carioca. A última a perder foi o Vasco, que nesta quarta-feira foi totalmente envolvido pelo Fluminense e caiu, de virada, por 2 a 1, no Mané Garrincha, em Brasília. Com direito a “olé” nos minutos finais, o time tricolor ressurge na competição ao colar no G-4 e dar um enorme respiro ao ameaçado técnico Mano Menezes.
Mesmo sofrendo um gol de Philippe Coutinho no primeiro minuto, o Fluminense mostrou-se melhor organizado o jogo todo e, com méritos, somou sua segunda vitória na Taça Guanabara, subindo para a sexta colocação e voltando a sonhar com classificação às semifinais.
Ao Vasco fica a lição que precisa competir com os times mais fortes se quiser algo na competição. Em dia de assumir a liderança, a equipe amarga uma dura derrota em jogo no qual fez um segundo tempo horroroso. Para piorar, ainda perdeu Coutinho, com lesão muscular.
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VASCO NA FRENTE
As equipes entraram em campo com metas distintas em Brasília, das quais só o triunfo tinha serventia. O invicto e empolgado Vasco mirava a liderança enquanto o Fluminense tentava se manter com chances na Taça Guanabara e, ao mesmo tempo, defendia a cabeça do técnico Mano Menezes, muito pressionado pela sequência de resultados negativos.
Em um estádio lotado, a promessa era de um grande clássico, aberto e ofensivo. A comprovação do prognóstico veio em alta velocidade. O Vasco necessitou somente de um minuto para abrir o placar. Paulinho foi ligeiro ao roubar a bola de Fuentes e achar Vegetti pelo lado direito, na linha de fundo. O argentino cruzou para trás e livre na área, Philippe Coutinho mandou às redes.
O meia celebrou bastante, mostrando superação. O camisa 10 se tornou dúvida para Fábio Carille momentos antes de a bola rolar no Mané Garrincha ao sentir um leve desconforto muscular no aquecimento. O problema persistiu com o jogo em andamento e Coutinho fazia alongamento por vezes, enquanto o francês Payet aquecia. A troca veio com apenas 30 minutos.
VIRADA CONVINCENTE
Com incentivo da torcida, que “ignorou” o gol rival, o Fluminense não demorou a chegar na busca da igualdade. Mas o erro vascaíno não foi aproveitado por Canobbio, que roubou a bola e bateu, mas viu o defensor tirar de cabeça para escanteio. O menino Riquelme Felipe, de 17 anos e a aposta de Mano, também não caprichou quando teve sua oportunidade.
Eis que a bola parada acabou decisiva na etapa. Arias cobrou falta para a área e Thiago Silva “voou” para empatar. Após segundos de indefinição, o VAR confirmou posição legal e o experiente defensor vibrou muito, pedindo à torcida que aumentasse o som na busca pela virada.
O Fluminense cresceu e não demorou a assumir a liderança do placar. Em lance iniciado em cobrança de lateral e briga de Arias pela bola com os marcadores, Cano apareceu sozinho dentro da área para desviar o chute de Fuentes e dar um respiro para Mano Menezes.
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CAI O INVICTO
A queda no poder ofensivo ao longo da primeira etapa fez Carille optar por Alex Teixeira após o intervalo. Queria companhia para Vegetti, que ficou isolado na frente após a saída de Coutinho. Payet entrou mais recuado, na armação.
O time cresceu e começou a rondar mais a área do goleiro Fábio. Mas com levantamentos sem destino e facilmente cortados. O Vasco carecia da habilidade de Payet, um tanto lento e “fora do jogo”. Puma Rodríguez entrou como ponta para tentar auxiliá-lo. O lateral é especialista em cruzamentos.
Com o placar construído, o Fluminense evitava correr riscos e tinha em Arias o seu desafogo. Todas as jogadas passavam pelos pés do colombiano, que dava enorme trabalho aos defensores do Vasco e sofria com as faltas. Após um cruzamento na área do meia, Thiago Silva quase amplia.
O Fluminense era quem mais parecia perto de balançar as redes no clássico. Chegava bem em trocas de passes envolventes e nas bolas alçadas. Atrás, o time de Mano Menezes estava bem postado e sofrendo pouco ou quase nada, fazendo os vascaínos vaiarem seus jogadores. Carille encheu o time de atacantes, mas sequer ameaçou chegar à igualdade. E a festa foi tricolor.