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Erro de estratégia foi determinante para o Dérbi 209

Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 9 (AF) – Bastou a Ponte Preta jogar um ‘tostãozinho’ para vencer o Guarani por 2 a 0, na tarde deste domingo, no Estádio Moisés Lucarelli, com dois gols de pênaltis, assinalados ainda no primeiro tempo, ambos sofridos pelo atacante Jean Dias, que fez a diferença nesta vitória.

Mesmo com o Guarani atuando dois terços da partida com um homem a menos, o time pontepretano ficou ‘arriado’ fisicamente a partir da segunda metade do segundo tempo.
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COBERTURA COMPLETA DO DÉRBI 209
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Prova está que apenas ameaçou a meta bugrina em um lance cuja bola tinha direção do gol, com goleiro Gabriel Mesquita batido, mas foi desviada de cabeça pelo zagueiro Tití.

Afora isso, durante o segundo tempo, a equipe da Ponte Preta ‘cozinhou’ o galo, com excesso de bolas recuadas e preocupação básica em se defender.

No frigir dos ovos, foi a vitória da maturidade de seus jogadores, diante da juventude e imaturidade do time bugrino.

Jean Dias infernizou a defesa bugrina. Foto: Marcos Ribolli – Ponte Press

ERRO DE MAURÍCIO

Enquanto sabiamente o treinador Alberto Valentim, da Ponte Preta, teve preocupação inicial em resguardar defensivamente a sua equipe, optando por bolas alongadas da defesa, o treinador bugrino Maurício Souza – na tentativa de mostrar que é ousado – soltou a sua equipe, na clara mostra de imaturidade e desconhecimento das armadilhas provocadas em dérbis.

A rigor, se o Guarani tivesse dirigente ‘cascudo’, com pleno conhecimento das ‘mumunhas’ dos dérbis campineiros, chamaria o treinador num cantinho, e o alertaria sobre o risco de enfrentar o rival de ‘peito aberto’.

Pois Maurício Souza ignorou o elementar de cuidados defensivos contra a Ponte Preta, colocou o Guarani pra cima, e aos sete e nove minutos foram criadas duas situações contra a meta adversária.

Primeiro em chute do atacante João Marcelo, com bola à direita do poste; depois, quando o volante Matheus Sarará, sem ângulo numa disputa com o goleiro pontepretano Diogo Silva, levou desvantagem.

Aí, a Ponte Preta, então assustada, foi dar a primeira resposta em finalização através da canhota de seu atacante do lado direito Jean Dias, que exigiu defesa do goleiro Gabriel Mesquita, aos 14 minutos.

Dérbi 209 - 2025
Pontepretanos festejam gol à beira do campo. Foto: Marcos Ribolli – Ponte Press

PÊNALTI E EXPULSÃO

Nem por isso a Ponte Preta abandonou a estratégia de se resguardar e continuou alongando bola de trás, com a finalidade de explorar a linha alta do compartimento defensivo bugrino.

Foi quando, aos 26 minutos, o seu volante Émerson alongou a bola para explorar a velocidade de Jean Dias, que ganhou a disputa do zagueiro Lucas Rafael, ocasião que sofreu pênalti.

Por orientação do VAR, o lance foi revisado, após o árbitro Raphael Claus ter aplicado o cartão amarelo ao jogador do Guarani.

Foi quando houve troca do cartão para vermelho, com paralisação de sete minutos. Aí, o lateral-esquerdo Danilo Barcelos converteu a cobrança, com bola no canto alto esquerdo.

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Danilo Barcelos bateu forte e fez 1 a 0. Foto: Marcos Ribolli – Ponte Press

MAIS TRAPALHADA

Em circunstâncias como aquela, geralmente treinadores sacrificam um jogador de ataque para recomposição da defesa.

Todavia, Maurício Souza contrariou a lógica e sacou o volante Anderson Leite, que ajudava no papel de articulação, para a entrada do zagueiro Tití.

Conclusão: ficou um enorme buraco na ‘meiúca’, por falta da devida recomposição de atacantes bugrinos, e disso se aproveitou a Ponte Preta para controlar a partida.

E assim prosseguia até que em jogada pessoal de Jean Dias, derivado pelo lado esquerdo, sofreu pênalti do zagueiro bugrino Raphael Rodrigues, aos 50 minutos.

Ele mesmo cobrou rasteiro, no canto direito, e ampliou a vantagem pontepretana: 2 a 0.

CAIO MELLO

No intervalo, com a percepção do equívoco cometido ao sacar Anderson Leite, o treinador bugrino recompôs o seu meio-de-campo, tirando o apagado atacante Luís Miguel para entrada de Caio Dias.

Foi o bastante para que o setor ficasse mais preenchido, embora sem a devida criatividade ofensiva.

Apesar disso, um erro de passe do volante pontepretano Émerson serviu para presentear o atacante bugrino Deni Júnior, que se precipitou na finalização, não explorando o erro do goleiro Diogo Silva na saída da meta, com bola praticamente recuada.

E como a Ponte Preta não incomodava ofensivamente – apesar das mexidas – correu risco de sofrer gol em finalização de João Marcelo e defesa de Diogo Silva, aos 32 minutos.

E dez minutos depois, o mesmo João Marcelo desperdiçou a melhor oportunidade de gol do Guarani, com bola chutada à direita da meta, quando a Ponte Preta já estava reduzida a dez homens em campo, com a expulsão do zagueiro Saimon.

Dérbi 209 - 2025
João Marcelo foi o atacante mais perigoso do Guarani. Foto: Raphael Silvestre _GFC

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