Belo Horizonte, MG, 11, (AFI) – Após os incidentes ocorridos no final da última temporada, o Atlético-MG está reforçando a segurança na Arena MRV. O clube preparou um Plano de Ação com 45 novas iniciativas, buscando garantir maior proteção aos torcedores que frequentam o estádio nos dias de jogos.
O plano foi elaborado por uma equipe multidisciplinar e será implementado já no próximo compromisso do Galo em sua casa. Entre as principais mudanças, estão o reconhecimento facial, novas linhas de revista, catracas mais seguras e a ampliação do perímetro de controle.
RECONHECIMENTO FACIAL E MAIS CÂMERAS
Uma das grandes novidades é a implementação do reconhecimento facial em todos os acessos ao estádio. O sistema será integrado ao GaloID e cruzado com os bancos de dados do Ministério da Justiça e da Polícia Militar. Assim, será possível identificar torcedores que cometerem infrações ou que tenham pendências com a Justiça.
Além disso, o número de câmeras de segurança será ampliado. Atualmente, a Arena MRV conta com 351 câmeras, mas novas unidades de alta resolução serão instaladas para garantir maior vigilância. Segundo o gestor de segurança do Atlético, coronel Olímpio Garcia, as novas medidas também ajudarão a coibir ações criminosas, como o arremesso de objetos em campo, que é crime previsto na Lei Geral do Esporte.
AUMENTO DO PERÍMETRO DE SEGURANÇA
Outra mudança significativa será o aumento do perímetro de segurança no entorno da Arena MRV. Agora, os torcedores precisarão passar por três linhas de acesso antes de chegarem às catracas do estádio.
Para evitar invasões, o Atlético-MG também irá substituir as catracas da Arena MRV. O modelo escolhido será o torniquete, que permite a passagem de apenas um torcedor por vez.
“Nosso objetivo é garantir a melhor experiência possível aos torcedores que querem apenas assistir ao jogo. Quem praticar crimes será identificado, processado e encaminhado para a polícia para ser punido dentro da lei”, afirmou coronel Olímpio Garcia.
PROTOCOLO FALE AGORA
A Arena MRV faz parte, desde 2023, do Protocolo Fale Agora, iniciativa da Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais que combate o assédio e a violência sexual contra mulheres em locais de grande público.
Toda a equipe da Arena foi treinada para acolher vítimas de assédio de forma humanizada. Em casos de denúncia, a vítima será atendida inicialmente por uma mulher da equipe de segurança do clube, que a encaminhará a um espaço reservado no Juizado Especial Criminal (Jecrim) do estádio. O atendimento será feito por uma policial militar mulher, garantindo que o registro da ocorrência ocorra de maneira menos traumática.