Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 13 (AFI) – Discussão sobre a chegada do goleiro à Ponte Preta? Não. Quem já viu o goleiro Matheus Kayser jogar, que fique à vontade para opinar.
O assunto da pauta é outro: quem é esse Náutico que despachou o Vitória da Bahia da Copa do Brasil, em pleno Estádio Barradão, em Salvador, na noite desta quarta-feira?
Sim, o Náutico venceu por 2 a 0, em placar construído ainda no primeiro tempo.
Já que ele vai disputar a Série C do Brasileiro, você que não o acompanhou nesta vitória está a indagar : qual o comparativo dele para os clubes de Campinas?
Pelas circunstâncias da partida, contra um adversário de Série A do Brasileiro, naturalmente que o Náutico teria que se precaver.
Aí, a opção de seu treinador Marquinhos Santos foi copiar a ‘cara’ da Ponte Preta durante jogos fora de casa no Paulistão.
O Náutico lembrou aquele rigoroso esquema defensivo que o treinador Alberto Valentim colocou em prática, de se defender com o maior número possível de jogadores, e usar velocidade em contra-ataques.
Jogadores velozes para isso, o Náutico conta.
Todavia, registro para exagero de erros de passes, que podem ser justificados pela marcação alta e compactada do Vitória, e a insistência do Náutico de tentar valorizar a saída de bola de trás.
Pelo que se viu nesta quarta-feira, podem esperar o Náutico de forte pegada para desarme, ou, se preciso for, picotar o jogo com faltas.
Claro que sem abuso de violência.
E de nada adiantou o Vitória insistir no jogo aéreo ofensivo para chegar aos gols, pois o time pernambucano foi soberano no desarme de cabeça.
Assim, foi quebrada uma invencibilidade de 22 partidas do time baiano. A última derrota ocorreu em novembro passado, por 2 a 1, para o Corinthians.
MAIS DINHEIRO
Como o Náutico chegou à terceira fase da Copa do Brasil, já somou R$ 830 mil pela participação ainda na primeira fase; outro R$ 1 milhão por ter chegado à segunda neste jogo com o Vitória; e agora já tem garantido R$ 2.315,250 ao entrar na terceira fase.
É dinheiro que permite investimentos em contratações pontuais, que visem reforçar ainda mais o elenco.
JOGADORES CONHECIDOS
Sabe quem está no Náutico e você bem conhece, torcedor bugrino? Um deles o zagueiro Rayan; o outro o volante Wenderson. Ambos passaram pelo elenco do Guarani e dividiram opiniões.
Todavia, o ‘Timbu’ conta com o rápido atacante de beirada Hélio Borges, que antes de marcar o gol inaugural, com chute forte de fora da área, já havia ‘carimbado’ a trave adversária.
O Náutico insiste em jogada ensaiada nas cobranças de escanteios, geralmente direcionadas no primeiro pau, para que um de seus jogadores dê uma casquinha na bola, ora visando o meio da área, ora o segundo pau.
Foi assim que o lateral-esquerdo Jamerson do Vitória (aquele que passou pelo Guarani) salvou gol em cima da risca, mas na repetição do ensaio Marcos Ytalo marcou o segundo gol da equipe pernambucana.
CONCÓRDIA TÁ FORA
Na largada da Ponte Preta na Copa do Brasil, teve gente que ironizou minha afirmativa, no pré-jogo contra o Concórdia, em Santa Catarina, sobre a obrigatoriedade de vitória dela.
Pois absurdamente a equipe pontepretana jogou R$ 1 milhão na lata do lixo, com aquela imprevisível derrota por 2 a 1, para um elenco catarinense cuja faixa salarial gira em torno de R$ 140 mil mensais.
Aí, na terça-feira passada, esse mesmo Concórdia foi à Paraíba, para enfrentar o Botafogo local, e sofreu goleada por 4 a 0.
Exatamente isso: 4 a 0.