Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 7 (AFI) – Como agora as atenções do Guarani estão voltadas para a noite da próxima segunda-feira, quando vai recepcionar o Vila Nova, postulante ao acesso nesta Série B do Brasileiro, uma das alternativas à sua equipe seria arriscar chutes de média e longa distância, porque o goleiro Dênis Júnior, do Vila, tem tomado ‘frangaços’ e caído em desgraça com a torcida e mídia de Goiânia?
Esse assunto é explorado no áudio do dia, localizado neste link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/.
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FALA DE ALLAN AAL
Repercutamos, então, a fala do estreante treinador do Guarani, Allan Aal, sobre a derrota para o Ceará por 3 a 1, na noite de terça-feira.
O foco principal foi que a equipe precisa evoluir em alguns aspectos.
Como não foi perguntado sobre quais aspectos, o treinador preferiu não se aprofundar sobre o assunto.
Por princípio, reservou-se no direito de discuti-los com o elenco, executivo de futebol e dirigentes que liberam dinheiro para contratações.
Já que ele não falou, mas não se pode fugir da clareza dos problemas, lógico está a urgência para contratações de dois reforços – insisto, reforços – que cheguem para vestir a camisa, além de mais duas opções de banco.
LATERAL E MEIA
É urgente a contratação de um lateral-esquerdo. Quem enxerga ‘medianamente’ futebol sabe que Jefferson está aquém das exigências do Guarani, na equipe titular.
Por mais que se compreenda a disposição do meia Luan Dias na tentativa de organização de jogadas, o repertório dele não é de lançador ou condutor de bola em velocidade.
É partícipe de toques curtos, à medida que a equipe tenha evolução no campo adversário, mas não se caracterizando como finalizador.
BOLA PRECISA CHEGAR
Considerando-se que o Guarani dispõe de atacantes de beirada com capacidade de penetração sobre a marcação adversária – como Airton e João Victor -, a bola precisa chegar rapidamente nos pés dele, antes de o adversário fazer a tradicional recomposição.
Trocado em miúdos, o Guarani precisa de um meia com as características do polivalente Bruninho, de passadas largas, e um dos destaques do clube na Série B da temporada passada.
Ele arrancava com a bola e municiava os atacantes Derek e Bruno José.
E sabe qual a mágica para aquela coberta? Simples. O então treinador Umberto Louzer teve a percepção que deslocando-o dos lados do campo para que trabalhasse por dentro daria certo. E deu.
VALORIZAÇÃO DA BOLA
Sem a esperada transição rápida dos laterais e um meio de campo que carece da objetividade para a bola chegar qualificada aos atacantes, Allan Aal teve a percepção que por ora seria imprescindível a valorização de posse de bola de trás ao ataque.
Como? Através de toques curtos, mesmo que lentos, afora a hipótese de bola alongada a atacantes desmarcados.
Este estilo implicou estatisticamente na elevada posse de bola do Guarani, porém permitindo recomposição do adversário.
A lógica indica que terá validade contra aqueles com fragilidade na marcação.
E O BANCO?
Como os jogadores do Guarani pautam por extrema obediência de recomposição defensiva, para fechar espaços dos adversários, o desgaste passa a ser sintomático a partir da metade do segundo tempo.
Aí, quando são feitas as trocas, fica claro o desnível técnico daqueles que entram. Reinaldo, Lucas Paraizo e Marlon, por exemplo, não estão à altura dos titulares.
Logo, a importância da chegada de reservas que se aproximem do nível técnico dos titulares torna-se imprescindível, para a manutenção do ritmo da equipe.
Um atacante de beirada e outro meia, para estratégia conforme as circunstâncias, cairiam bem.