Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 1 (AFI) – Quando torcedores da Ponte Preta ainda estavam envaidecidos pela performance técnica do meia Élvis, quando parcela da mídia local tapava os olhos sobre o polêmico tema ‘briga com a balança’ do atleta, baseando apenas na capacidade dele para lançamentos primorosos, ‘toquei a campanhia’ para despertar o presidente Marco Eberlin que o futebol moderno exige competitividade.
E no trato sobre renovação de contrato dele, no final do ano passado, avaliasse a imprescindível hipótese de constar como principal cláusula pagamento de salário por produtividade.
Como assim?
Como o atleta chegou ao clube acima do peso e assim ficou o tempo todo, o acordado deveria ser escalação apenas se a ‘balança’ permitir. E, não sendo escalado, o salário passaria a ter queda proporcionalmente.
MOTIVOS DIVERSOS
Não compete ao comunicador esportivo a busca das razões que implicam em atleta atuar fora do peso.
Cabe citar que ao longo dos meus quase 50 anos neste meio, testemunhei diferentes situações semelhantes a esta.
Reiteradas vezes o parceiro José Ricardo, na seção de comentários no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/, incluiu, entre as hipóteses, que o atleta tenha propensão para engordar, uma situação que já testemunhei ao longo do tempo.
Também observei atletas com aversão a treinos físicos, assim como aqueles ‘boca de leão’ para comilança.
Problemas extra-campo também podem implicar em ganho de peso.
Seja qual for o motivo, no caso em questão faltou habilidade para Eberlin.
Ou ficou sem o preciso diagnóstico, ou preferiu ignorá-lo.
Por ter sido um aprendiz em aulas sobre as mumunhas do futebol, nas rodinhas do então Estacionamento Maratona, do seu amigo Peri Chaib, na área central de Campinas, deveria ter o jogo de cintura para esta situação.
OPÇÃO NA RESERVA
Como a projeção natural indica que Élvis continue apenas andando em campo nos jogos restantes da Ponte Preta nesta Série B do Brasileiro, melhor que o treinador Nelsinho Baptista retome a estratégia adotada em sua chegada, quando o colocou na reserva, na vã expectativa que se recondicionasse fisicamente.
Assim, nos jogos da Ponte Preta em Campinas, caso as circunstâncias das partidas permitam, até poderia colocá-lo no transcorrer do segundo tempo.
Fora de casa e com prenúncio de jogos com extrema competitividade, não vale a pena arriscar.
Na difícil situação que passa a Ponte Preta na competição, não dá para contar apenas com raros lampejos ou lances de bola parada dele.