Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 27 (AFI) – A derrota da Ponte Preta para o Sport por 3 a 1, na noite deste sábado, em Recife, ganha contornos para discussões a partir dos 36 minutos do segundo tempo, quando o jogo estava empatado por 1 a 1.
Foi quando o zagueiro Alisson Cassiano, do time pernambucano, cometeu falha clamorosa, ao perder bola que estava em seu domínio. Disso se aproveitou o centroavante Jeh, que disputava a jogada, para se apoderar dela, arrancar e ficar cara a cara com o goleiro Caíque França.
E quando a torcida pontepretana preparava o grito de gol, que seria o da virada de seu clube, ocorreu o inacreditável: o chute foi em cima do goleiro, que espalmou para escanteio. Seria o lance para a Ponte Preta quebrar a escrita de não vencer fora de casa neste Campeonato Brasileiro da Série B.
QUEM NÃO FAZ…
Aquele dito de mil novecentos e bolinha de que ‘quem não faz, toma’ esteve presente novamente, e foi nesta partida.
Dois minutos depois, quando o Sport se lançou ao ataque e trabalhou a bola com liberdade nas proximidades da área pontepretana, de pé em pé, ela chegou ao meio-campista Fabrício Dominguez que, livre de marcação, escolheu o canto esquerdo, e o chute foi certeiro: Sport 2 a 1.
PEDRO ROCHA
Ao retomar a vantagem, era natural que o Sport fosse se resguardar e catimbar, para sustentá-la nos minutos finais.
Todavia, quando tentou investida ao ataque e o goleiro Pedro Rocha praticou defesa, foi incomodado por adversário e, irritado, o empurrou, em lance que caberia o cartão amarelo, mas o árbitro Lucas Guimarães Horn entendeu por expulsão, aos 49 minutos.
Como a Ponte Preta já havia ‘queimado’ as alterações, o jeito foi o atacante Renato, que havia entrado minutos antes, se habilitar à função de goleiro nos dois minutos complementares dos acréscimos.
Pois na sequência, o atacante Romarinho fez jogada individual, driblou três adversários, e finalizou travado por Renato. O rebote se ofereceu para Tití Ortiz, que anotou o terceiro gol do Sport.
VAR
Foi aí que o VAR chamou o árbitro para rever a origem do lance, ainda no campo defensivo do Sport, quando ocorreu falta cometida pelo meia Lucas Lima sobre Jeh, porém o árbitro entendeu como lance legal e validou o gol.
EQUILÍBRIO
Foi um jogo equilibrado. Se o Sport teve maior presença ofensiva e converteu uma das três chances reais criadas, a Ponte Preta ameaçou duas vezes e converteu um gol.
Pelo Sport, Lucas Lima foi travado no momento da finalização pelo zagueiro Matheus Silva. Depois, Barletta puxou contra-ataque e tropeçou na bola quase na entrada da área, em lance previsível para conclusão. Isso, além do gol de Fabrício Dominguez, aos 24 minutos, em descuido de marcação do lado direito da defensiva pontepretana, quando Lenny Lobato finalizou, e a bola rebatida pelo zagueiro Sérgio Raphael sobrou para Fabrício Dominguez colocá-la no canto esquerdo do goleiro Pedro Rocha, a meia altura.
JEH EMPATA
Com a vantagem, o Sport recuou um pouco as linhas, até porque a Ponte saiu mais para o jogo.
Foi quando o atacante Matheus Régis desperdiçou chance para a sua equipe empatar
Aí, quando o desenho do jogo recomendava vitória parcial do Sport, a Ponte Preta chegou ao empate aos 47 minutos.
Em falta cobrada pelo meia Élvis e bola erguida à área adversária, o centroavante Jeh ganhou a disputa direta com o zagueiro Luciano Castán e testou de forma indefensável para o goleiro Caíque França.
No segundo tempo, a Ponte Preta chegou a ser ligeiramente melhor em campo e, prevendo a possibilidade de vitória, o treinador Nelsinho Baptista deixou a equipe com três atacantes, com Iago Dias e Renato como parceiros de Jeh.
Aí, como ela desperdiçou a chance de ‘matar’ a partida, foi surpreendida em seguida.