São Paulo, SP, 20 (AFI) – Julio Casares tem sido eficiente na sua gestão do São Paulo. Ele tem recuperado o clube financeiramente sem deixar de dar apoio ao futebol profissional, tem conseguido bons parceiros financeiros para o clube e acertado na maioria de suas atitudes como presidente do clube. Na última semana, logo após ver seu time desclassificado do Paulistão e sentir uma forte pressão para demitir o técnico Thiago Carpini, ele deixou passar um dia, tomou fôlego e anunciou sua decisão sobre o problema.
“Não há nenhum motivo para dispensar o treinador. No futebol, não se ganha tudo e o clube até tem suas prioridades. Assim, queiram ou não torcedores e parte da imprensa esportiva paulista, vou manter Carpini no cargo e não penso em afastá-lo do comando técnico do time de profissional do São Paulo.
O Carpini é jovem, mas não chegou aqui por acaso. Eu e meus assessores pesquisamos muito quando tivemos de contratar um técnico para substituir Dorival Júnior. Pesquisamos tudo a respeito deste técnico antes de decidirmos contratá-lo e não vamos dispensá-lo agora só porque alguns figurões da imprensa e uma parte de nossa torcida querem. Vamos, isto sim, manter nosso apoio à ele enquanto julgarmos necessário.”
CASARES NÃO ACEITA PRESSÃO
Atitude e explicações perfeitas do atual presidente do São Paulo. Por isso, todo mundo que tem feito pressão para derrubar o treinador, pode desistir. Não vai adiantar nada e o clube vai iniciar a disputa da Copa Libertadores, competição que mais quer vencer, tendo Carpini como técnico. Já ouvi algumas figuras conhecidas ligadas ao São Paulo que chegaram a bater na tecla que Carpini não suportará a pressão.
Muller, que foi centroavante do clube e hoje é comentarista de TV, foi um dos que mais defendeu a tese de que Carpini não tinha lastro para trabalhar no São Paulo. E Milton Neves disse hoje em sua coluna no UOL, que o Atlético Mineiro dispensou Felipão e que ele será uma eterna sombra para Carpini.
FELIPÃO NÃO VÉM
Tudo errado. Na verdade, Felipão, que hoje está em fim de carreira, nunca será técnico do São Paulo. Seu tempo já passou. Quanto às vaias ocorridas contra Carpini no último domingo, no MorumBis, também não tiveram o efeito desejado. Carpini fica e ponto final. Pode trabalhar tranquilo daqui para frente porque Julio Casares não vai voltar atrás.
E só para reafirmar minha posição. Como Casares, também sou favorável à manutenção de Carpini. Ele tem potencial. E o time não caiu de produção por causa dele. Caiu muito mais pelas quedas de produção de alguns jogadores que deram sustentação ao time durante a quebra do tabu em Itaquera, contra o Corinthians, e, particularmente, durante a disputa da Supercopa do Brasil, que o São Paulo disputou e venceu em Belo Horizonte, contra o Palmeiras.
MELHOR SÃO PAULO
Aquele time que Carpini escalou diante do Verdão, contava com os melhores jogadores da época do São Paulo, tanto física como taticamente. Já neste jogo diante do Novorizontino, alguns títulares não estavam no seu melhor momento e outros sentiram o peso de disputar uma decisão à frente de um Morumbi lotado. Há muita diferença daquele São Paulo que derrotou o Palmeiras na Supercopa, e daquele que encarou o Novorizontino pelo Paulistão.
Ainda bem que o São Paulo, foi desclassificado no Paulistão, ao invés de numa fase decisiva de uma Libertadores ou um Brasileirão. Então vamos deixá-lo trabalhar, sem incomodá-lo com pressões desnecessárias. Carpini tem condições de se recuperar a curto prazo. É só o torcedor ter um pouco mais de paciência com ele.
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