Campinas, SP, 06 – O Brasil encerrou sua campanha no Pan de Santiago com um resultado histórico. Todas as metas do Comitê Olímpico do Brasil (COB) foram atingidas e superadas com louvor. A delegação verde e amarela fechou a competição no Chile com 205 medalhas, sua melhor campanha, com recorde de 66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes. Ainda foram garantidas 40 vagas para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, para alegria imensa da entidade.
“Estou muito satisfeito com o desempenho brasileiro nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023. O COB sempre quer fazer o amanhã melhor do que o ontem e esse era nosso objetivo”, comemorou o presidente do COB, Paulo Wanderley.
“Sabíamos das dificuldades, mas sabíamos também que o trabalho do COB e das Confederações foi muito bem feito. Sabemos do talento e potencial do atleta brasileiro, os verdadeiros astros dos eventos esportivos”, continuou o dirigente. “Me enche de orgulho ver que hoje somos respeitados e estamos no lugar que merecemos estar no quadro de medalhas. Que o exemplo de nossos atletas alcance ainda mais a juventude brasileira, para que percebam os benefícios de uma vida pautada pelos valores olímpicos”, disse.
Em relação ao Pan de Lima, disputado em 2019 e até então a mais vencedor da história do Brasil, foram 12 medalhas de ouro a mais em Santiago (66 a 54), e 28 de pratas (73 a 45), com o bronze quase parecido (70 no Peru diante de 66 agora).
Com as 40 classificações olímpicas alcançadas, o País soma 143 vagas garantidas para Paris-2024.
“As metas do COB foram atingidas: número de vagas olímpicas, tanto atletas quanto equipes, número total de medalhas e de ouro. Também nos consolidamos entre os três principais países no quadro de medalhas”, afirmou Rogério Sampaio, chefe da missão brasileira na capital chilena.
“Conseguimos pela segunda vez ficar em segundo lugar. Então nossos objetivos foram alcançados, o que nos deixa estimulados e confiantes para os Jogos Olímpicos de Paris.”
A evolução do Brasil nos Jogos Pan-americanos é evidente a cada quatro anos. Em Mar del Plata-1995, o País terminou na sexta colocação, com 18 ouros. Em Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003, subiu para a quarto posição. No Rio-2007 iniciou suas campanhas de terceiro colocado, seguida em Guadalajara-2011 e Toronto 2015. Os Jogos de LIma-2019 foram ainda melhores, com o Time Brasil sendo segundo colocado pela primeira vez. A marca se repete agora, mas com muito mais medalhas.
“O que me deixa mais satisfeito com o nosso resultado é ver a evolução de modalidades que até então nem em Jogos Pan-americanos a gente conseguia resultados satisfatórios. Em Santiago a gente teve muitos carros-chefes, como o boxe e a ginástica, para citar alguns. Mas ver o crescimento de outras modalidades reflete diretamente no quadro de medalhas. Esse é o nosso objetivo principal, trazer os resultados e medalhas e ver os atletas no alto do pódio”, disse o vice-presidente do COB, Marco La Porta.
Além de boxe e ginástica, o Brasil se destacou, ainda, com prata inédita no beisebol, com desempenho apoteótico da ginástica rítmica, que conquistou todos os ouros em disputa, além de atletismo, judô, tênis, vela, tênis de mesa e wrestling, entre outros. Dos 66 ouros, 33 foram conquistados pelas mulheres, que subiram 95 vezes no pódio – além das 18 medalhas em equipes mistas.
“Sem dúvida nenhuma as mulheres têm feito a diferença no nosso resultado final. Entendo que muitas modalidades estão entendendo a importância do trabalho específico e diferenciado entre homens e mulheres”, enfatizou Ney Wilson, subchefe de missão e diretor de Alto Rendimento do COB. “Hoje em dia, boa parte das Confederações está trabalhando nesse sentido e isso está fazendo uma grande diferença. A gente entende que algumas modalidades não estão tão avançadas no trabalho com o feminino, o que acaba possibilitando uma evolução mais rápida.”