Rio de Janeiro, RJ, 29 – “Vence o Fluminense“! Embalado pela letra do seu hino e num confronto digno dos encontros recentes entre Fluminense e LDU, o Maracanã viveu, nesta quinta-feira, uma noite repleta de emoções que teve um final feliz para o clube carioca. Com direito a gol de pênalti no final e terminando a partida com dez homens, a equipe do técnico Fernando Diniz ganhou o duelo por 2 a 0 e deu a volta olímpica diante de sua torcida.
No jogo de ida, os equatorianos levaram a melhor e bateram os cariocas por 1 a 0 trazendo para o Rio a vantagem do empate no tempo normal. O resultado, colocou fim também a uma incômoda freguesia já que nas duas finais disputadas pelos dois rivais, a LDU levou a melhor tanto na decisão da Libertadores, em 2008, quanto no ano seguinte, pela Sul-Americana.
O título da Recopa sul-americana aumenta a galeria de conquistas do Fluminense que fatura mais um troféu inédito para sua história centenária. Se Cano terminou o jogo sem balançar a rede, Arias deixou o gramado como herói ao marcar duas vezes na decisão.
A decisão cumpriu o roteiro esperado em seu início. Necessitando da vitória, o Fluminense se lançou ao ataque e encontrou um adversário já à espera da pressão. Com um esquema bastante fechado e usando a catimba para desacelerar o time carioca, a LDU entrou somente para se defender.
TRUNCADO
O Fluminense assustou antes dos 10 minutos quando Martinelli, na pequena área, não conseguiu superar o goleiro Domínguez e perdeu um gol feito. A pressão se manteve de várias formas. Ora com a movimentação dos atacantes em busca de espaços, ora com a tradicional bola na área.
Como a ordem era vencer, até quem tinha somente a obrigação de defender se lançou ao ataque. Sem ter a quem marcar na maioria das vezes, Felipe Melo arriscou alguns avanços e lançamentos a fim de surpreender a barreira montada pelos equatorianos em seu campo de defesa.
Jogador mais adiantado da LDU, Hurtado ficou mais preso à marcação do que propriamente
buscou as ações ofensivas. Para ludibriar a marcação dos equatorianos, valeu até a inversão de papéis. Em uma bola cruzada pelo baixinho Arias, Ganso subiu na pequena área e cabeceou por cima.
Com um domínio estéril, o tempo começou a ser o maior rival do Fluminense. Após Cano desperdiçar chance clara, ao finalizar de dentro da área, já no final do primeiro tempo, a torcida começou a dar sinais de impaciência.
COM EMOÇÃO
Na volta do intervalo, Diniz sacou um defensor para colocar mais um homem na frente. John Kennedy, autor do gol do título da Libertadores, saiu do banco de reservas e entrou no lugar de Felipe Melo.
Em busca de um gol para, pelo menos forçar uma prorrogação, mais três substituições foram feitas por Diniz com a entrada de Renato Agusto, Marcelo e Douglas Costa. A pressão aumentou e a tensão também, já que a LDU seguiu se defendendo bem e fazendo cera para ganhar tempo.
Aos 30 minutos, no entanto, a agonia da torcida teve uma pausa. Samuel Xavier recebeu a bola pela direita e fez um cruzamento na medida para a cabeçada certeira de Arias. Bola na rede e festa da torcida nas arquibancadas. A dramaticidade, No entanto, seguiu a acompanhar o Fluminense. Logo depois de abrir o placar, o time carioca perdeu John Kennedy, expulso por entrada violenta.
Aos 42 minutos, o lance que decidiu a partida. Renato Augusto recebeu na área e sofreu um pisão de Valverde. O juiz, em cima do lance, marcou a penalidade.
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