Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 11 (AFI) – Em dérbi campineiro marcado por polêmica da arbitragem, sequer coloquei dúvidas sobre os dois pênaltis assinalados por Raphael Claus, favoravelmente à Ponte Preta, na vitória de domingo, no Estádio Moisés Lucarelli.
Como confesso desconhecer a clareza da regra, tinha dúvida sobre a aplicação da cor do cartão para o zagueiro Lucas Rafael, do Guarani.
Aí, nada como o professor em arbitragem Oscar Roberto de Godói nos ensinar aquilo que diz a regra, para que não sejamos curiosos em palpitar sobre aquilo que não sabemos.
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ACOMPANHE REPERCUTE DO DÉRBI 209
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Godói desenhou pra todos nós – e inclui-se o presidente em exercício do Guarani Rômulo Amaro -, que falta dentro da área sem o contato por baixo é pênalti e indicação do cartão vermelho.
Quem se dispôs a conferir o áudio da ‘resenha’ de Claus com o árbitro de vídeo no VAR, Thiago Peixoto, ficou sabendo que Claus até seria condescendente com aplicação do cartão amarelo, mas Peixoto o alertou para que a regra fosse cumprida integralmente, com punição de cartão vermelho.
MAURÍCIO SOUZA
O treinador do Guarani, Maurício Souza, também se debruçou nesta prolongada conversa sobre arbitragem e muita bronca contra Claus, mas não explicou as besteiras que cometeu antes e durante a partida.
Foi, sim, grosseiro contra um repórter que o indagou sobre preferência para trabalhar com jogadores jovens.
“Trabalho com o elenco que disponho”, foi a resposta seca.
Empolgado com a goleada que o Guarani aplicou no Água Santa, propôs um esquema ousado, e assim partir pra cima da Ponte Preta.
Alguém deveria avisá-lo que este time bugrino não conta com atletas do nível de Djalminha, Amoroso e Luizão, que desequilibravam partidas, e recomendava-se estilo essencialmente ofensivo.
TODO CUIDADO É POUCO…
Deveria saber que, contra a maior rival, todo cuidado é pouco. Ora, adiantou avançar a linha de seu compartimento defensivo?
Foi aí que recebeu o troco, quando o atacante Jean Dias, da Ponte Preta, lançado na velocidade – cerca de dois metros atrás do zagueiro Lucas Rafael – ganhou na corrida, em sequência de lance que originou o pênalti.
Com o pênalti convertido pela Ponte Preta, Maurício Souza mostrou que precisa amadurecer neste troço chamado futebol.
Para a entrada de Tití, visando recomposição da zaga, o argumento usado para ter sacado o meio-campista Anderson Leite – que havia se recuperado de lesão e precisava de uma equipe com mais ‘saúde’ -, não convenceu.
E quando constatou o buracão que deixou na ‘meiúca’, caiu na real, durante o intervalo, ao sacar o apagado atacante Luís Miguel, para a entrada do volante Caio Mello.
PONTE MAL
Se cabe ao torcedor pontepretano ainda comemorar a vitória sobre o maior rival, a verdade nua e crua é que o time esteve longe de rendimento aceitável.
Mesmo com a vantagem de um jogador durante quase todo segundo tempo, não conseguiu se impor na partida, e ainda correu risco de sofrer mais do que um gol.
A rigor, isso só não ocorreu por desperdício de oportunidade do Guarani e precisão de seu goleiro Diogo Silva para praticar defesa.
O que justificou a escalação do meia Pedro Vilhena?
Outra vez uma nulidade em campo, com demora para ser substituído.
E se o centroavante Darnlei já não havia convencido, por que o treinador Alberto Valentim não escalou o reserva Bruno Lopes, de mais velocidade e mobilidade?