Campinas, SP, 10 (AFI) – Ufa! Por fim saiu aquela dor no coração do bugrino, após o clube ter se salvado do rebaixamento nesta última rodada da primeira fase do Paulistão. Mas que foi doído, foi. (Confira Detalhes do Jogo!)
O bugrino ainda está se refazendo daquele pavor que pudesse ter ocorrido o pior.
Como conscientemente não mostrar receio se o elenco montado pelos dirigentes não é confiável?
Como a esperança é a última que morre, por fim ocorreu a segunda e preciosa vitória do clube neste Paulistão, por 1 a 0, sobre o time sub-23 do Bragantino, na tarde deste domingo, em Campinas.
Assim, ao atingir o décimo ponto, o Guarani supera Ituano e Santo André, rebaixados à Série A2 do Paulista.
COBRAR
Calma! Não é motivo para comemoração. Membros do Conselho Deliberativo têm todo direito de cobrar acerto de quem se dispôs a administrar o clube.
Cabe a esses cartolas no mínimo pedirem desculpa à nação bugrina pela situação desconfortante que provocaram, para que recebam um voto de confiança, visando não reincidir nos erros.
Que arregassem as mangas, peçam conselhos a dirigentes do passado – que souberam conduzir o clube -, e montem um elenco minimamente confiável para o próximo Brasileiro da Série B.
FUTEBOL MEDROSO
E não critiquem o treinador do Guarani, Claudinei Oliveira, pela opção de rigoroso esquema defensivo e explorar contra-ataques, porque se fosse jogar de igual por igual certamente seria surpreendido pela molecada do Bragantino.
A rigor, por orientação do treinador Pedro Caixinha, jogadores do Bragantino rodam a bola de um lado ao outro no campo ofensivo, e raramente optam pelo cruzamento.
Como o Guarani se fechou com três zagueiros e houve recuo basicamente do restante dos jogadores, quase não foi oferecido espaço para penetração ao adversário, principalmente no segundo tempo. O susto ficou restrito ao cabeceio do zagueiro Douglas Mendes, com bola explodindo na trave, aos 11 minutos.
A rigor, o mesmo Douglas Mendes que cochilou na marcação sobre o atacante bugrino Pablo Thomaz, que finalizou rasteiro, no canto direito, logo aos oito minutos do primeiro tempo, após receber passe de seu parceiro Reinaldo, em jogada de contra-ataque: Guarani 1 a 0.
E foi usando esse expediente que antes do intervalo o Guarani ainda teve mais duas chances reais para ampliar, com finalizações para fora do zagueiro Léo Santos e Régis.
BRAGA DESPERDIÇA
O maior volume de jogo ofensivo do Bragantino, ao longo da partida, implicou que tivesse três chances para chegar ao gol, ainda durante o primeiro tempo.
Primeiro quando o meio-campista Gustavo Neves, de cabeça, colocou a bola para fora.
Depois, o goleiro Vladimir, do Guarani, já estava batido no lance, e restou agradecer ao zagueiro Léo Santos que salvou o gol quase em cima da risca, em finalização de Vitinho.
Por fim, pesou a inexperiência do atacante Talisson, aos 41 minutos, quando ficou livre, já na pequena área, e desviou a bola de cabeça, em toque fraco para fora, em lance típico que poderia dominar a bola e aí concluir com os pés.
Enfim, parafraseando o locutor de antigo comercial da empresa Freio Vargas, ‘precisava de tudo isso?’.