Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 11 (AFI) – Nesta quarta-feira, em convocação a partir das 19h, os associados do Guarani começam a decidir sobre o futuro do futebol do clube através do processo de transformação em SAF (Sociedade Anônima do Futebol).
Seria o melhor remédio a tal SAF para o estágio que o clube se encontra?
Eu diria que não.
Esse processo teria que ser muito bem amarrado, mas como ter certeza disso se o Conselho de Administração do clube não deu mostras de gente com ‘jogo de cintura’ para negociação de um troço de tamanha importância.
O QUE ESPERAR?
O que esperar de um presidente em exercício como Rômulo Amaro que foi partícipe do rebaixamento do Guarani à Série C do Brasileiro, que sequer avaliou revisão de contrato do atacante João Marcelo antes dele ser colocado na vitrine da Copa São Paulo de Juniores, e que se precipitou com venda de mando do jogo de seu clube contra o Palmeiras para Londrina, para depois recuar quando pressionado?
A pergunta se o Guarani teria outra alternativa de recuperação no futebol, respondo que o primeiro passo seria essa cartolagem ter humildade para reconhecer que não é do ramo e se colocar na condição de aprendiz.
BETO ZINI DEIXOU SAUDADE
Aí, deveriam estudar a história do clube e se informar que Beto Zini foi um ex-presidente ativo e com pleno conhecimento das coisas da bola.
Logo, humildemente deveriam procurá-lo para receber umas aulas sobre como a ‘banda toca’.
Vão saber que Zini tinha uma rede de informantes que permitia descobrir uma agulha no palheiro, como foi o caso do ponta-de-lança Edilson Capetinha, buscado no Tanabi em 1992, para posterior carreira de sucesso em grandes clubes.
PROPOSTA INADEQUADA
Diante do exposto, associados do Guarani deveriam repudiar a proposta de transformação em SAF e criar alternativa para uma junção de dirigentes do passado, como Milton Fernandes Alves e Raul Celestino Soares, para que ambos possam ensinar membros do Conselho de Administração quais os caminhos mais recomendáveis para a reconstrução.
Como essa cartolada arrogante entregou a ‘chave’ do clube ao executivo de futebol Rodrigo Pastana, o jeito é esperar que outros integrantes da Série C não estejam reforçados.

RETRÔ PRECISA MELHORAR
Quem viu a vitória do Retrô (PE) sobre o Maguary por 2 a 1 no domingo, pela semifinal do Campeonato Pernambucano, chegou a lógica conclusão que mesmo chegando à final daquele estadual, quando voltarem a se enfrentar, terá que se reforçar para ficar em condições de igualdade com os clubes de Campinas.