Campinas, SP, 30 (AFI) – No retorno ao Guarani, com missão de reverter a difícil situação que o clube se encontra na Série B do Brasileiro, a primeira fala do treinador, reproduzida pelo Portal Futebol Interior foi de elogio sobre a capacidade do elenco, e completou: “Temos que ter sinergia com a nossa torcida”.
Pois comecem a conviver com vocabulário rebuscado do treinador, que na primeira chegada ao clube, em entrevista coletiva de oito de fevereiro de 2021, usou duas vezes a expressão ‘maximizar’ que, convenhamos, não deve ser repetida em preleções à boleirada, porque alguns não saberão defini-la.
O trabalho começou! 🇳🇬
Confira as primeiras palavras do técnico Allan Aal no comando do Guarani 🎙️#AvanteMeuBugre pic.twitter.com/wweUWUpUed
— Guarani Futebol Clube (@guaranifc) July 30, 2024
POSITIVISMO
A facilidade de comunicação de Aal, à época, foi espantosa. Resposta para cada pergunta foi marcada por positivismo, a começar pela forma que gosta de colocar em prática nos clubes que dirige: “A montagem vai muito de acordo com o elenco que posso contar. Procuro tirar o melhor do atleta, para favorecer o elenco”.
E emendou: “Nosso objetivo é recuperar o mais rápido possível a posse de bola e colocar velocidade na jogada”.
Agora, na primeira entrevista coletiva à mídia de Campinas, presume-se que, de certo, a filosofia que apostava que não seja modificada.
Se naquela ocasião dizia entender a realidade da situação financeira do clube, supõe-se que repita o discurso de pés no chão quando o assunto for sobre reforços, sem que o Guarani recorra a contratações de atletas fora de sua realidade.
ATLETAS DA BASE
Se treinadores que o antecederam como Claudinei Oliveira, Júnior Rocha e Pintado não tiveram um olhar de aproveitamento para jogadores formados na base do clube, quando perguntado sobre o assunto, em 2021, Allan Aal fez questão de ressaltar os quatro anos de Coritiba, trabalhando com atletas de 17 a 23 anos de idade, muitos revelados e aproveitados.
O intrigante para alguns repórteres à época, foi como Aal decidiu trocar um clube levado ao acesso do Brasileirão, em 2020 – caso do Cuiabá – pelo Guarani.
A resposta foi protocolar, que precisaria estender o processo ainda na Série B, mas foi deduzido divergências sobre investimentos no elenco, que pudessem solidificar o clube no Brasileirão.
Se Allan Aal vai conseguir colocar em prática o processo de redenção do Guarani, nesta segunda passagem, apenas as próximas 20 rodadas da competição dirão.
E aí, o que mais Allan Aal vai revelar quando deparar pela primeira vez com a mídia campineira, após a volta ao clube?