Ponte Preta e Brusque ficaram devendo futebol

Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 5 (AFI) – Um jogo com a pobreza técnica apresentada por Brusque e Ponte Preta, na noite desta sexta-feira, em Itajaí (SC), o empate sem gols se ajustou plenamente, pois nenhum dos dois clubes merecia coisa melhor.

Tem-se que reconhecer que não faltou disposição de ambas equipes nas disputas das jogadas, mas na prática o que se viu foi desorganização principalmente de jogadas ofensivas, com predominância das defesas.

GRAMADO RUIM

Atribuir apenas culpa ao gramado irregular, com bola quicando, não pode ser a desculpa principal por atuações irreconhecíveis dos adversários, até porque houve abuso de chutões para o lado em que o nariz estava virado, assim como houve erros de passes curtos e para companheiros desmarcados.

Sorte da Ponte Preta foi que o atacante driblador e rápido Paulinho Moccelin, do Brusque, esteve em noite apagadíssima, desperdiçando a oportunidade de explorar o lado direito da defensiva pontepretana, que contou com o garoto João Gabriel, recém-saído das categorias de base.

Estranho, no Brusque, tem sido a insistência do treinador Luizinho Vieira com o fraco atacante Keké, sabendo-se que Diego Tavares, que o substituiu, dá mais consistência ofensiva à equipe.

SEM O CORREDOR

A Ponte Preta ficou sem jogadas pelo corredor, visto que claramente João Gabriel não estava à vontade em campo, optando basicamente em preservar o setor defensivo. Já na lateral-esquerda, Gabriel Risso pouco avançou, mas deu conta do recado na marcação.

Assim, sem jogadas iniciadas pelos lados do campo em seu setor defensivo, como esperar criatividade do meio de campo pontepretano se o meia-atacante Dodô fez uma das piores partidas com a camisa do clube, e a dependência do futebol do meia Élvis se restringe a bola parada e raros lampejos, visto que não melhorou absolutamente nada no aspecto físico.

Logo, é incapaz de arrancar com a bola para escapar de um adversário e assim provocar espaço para se aproximar de companheiros do ataque.

Apesar do desdobramento de Jeh e Matheus Régis, ambos foram dominados pelos respectivos marcadores.

SÓ UMA CHANCE

Ao longo da partida, foi registrada apenas uma real oportunidade de gol, embora a bola rondasse as respectivas áreas. E a chance foi da Ponte Preta, logo aos três minutos, em jogada pessoal do centroavante Jeh, deslocado pelo lado esquerdo.

Aí foi feita precisa assistência ao meia Élvis, isolado na grande área, mas o chute saiu sem direção.

Afora isso, registro apenas para dois lances capitais convertidos em gols, mas ambos anulados com atletas flagrados em posições de impedimento.

Aos 35 minutos, o atacante Paulinho Moccelin, do Brusque, recuado, tentou esticar a bola para companheiros, mas ela acabou rebatida no meia pontepretano Dodô, com sobra para o atacante Matheus Régis, que chegou a comemorar o gol, com chute no canto esquerdo do goleiro Matheus Nogueira. Todavia, incontinenti, foi marcado posição irregular.

Em relação ao lance que o atacante Olávio finalizou para o gol aos 42 minutos, antes mesmo de a bola entrar o árbitro Fábio Augusto Sá Júnior já havia impugnado, marcando posição irregular.

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