Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 25 (AFI) – Torcedor é passional, o que indica aplausos ao seu clube nas vitórias, independentemente da forma que seja conquistada. Igualmente, não o perdoa nas derrotas e o malha como se fosse Judas.
Homem da mídia, que deve pautar pela imparcialidade, necessariamente não deve ir no embalo do entusiasmo do torcedor, e jamais fugir dos conceitos da imparcialidade.
Teria sido vitória sem retoques esta da Ponte Preta sobre o Vila Nova? Pelo demonstrado no segundo tempo, quando teve o domínio da partida, pode-se argumentar fez por merecer mais esse triunfo em casa.
Naquele período, apesar do volume ofensivo, de prático o chute do meia Élvis, com a bola explodindo no travessão, e o gol de falta que contou com a colaboração do goleiro Dênis Júnior, pois a bola foi chutada no canto em que estava posicionado.
E o primeiro tempo? Exceto o gol do ‘meio da rua’ do lateral Igor Inocêncio, apenas um contra-ataque puxado por Jeh, porém travado no momento da conclusão.
Já o Vila Nova, teve seis chances reais ao longo da partida, uma delas em pênalti desperdiçado, assim como as demais.
ACESSO É META?
Num clima de euforia, já se fala por aí que a Ponte Preta vai entrar na briga pelo acesso. Pés no chão, minha gente! O futebol mostrado pela equipe pontepretana é pra se situar no meio da tabela de classificação desta Série B do Brasileiro.
Um dos diferenciais para a campanha aceitável tem sido o seu treinador Nelsinho Baptista, que fez ajustes técnicos e táticos na equipe, além de enxergar como as peças são movidas no transcorrer das partidas.
Contra o Vila Nova, ele teve a percepção de buscar a tentativa para neutralizar situação de risco contra a sua equipe.
Como? Conseguiu minar as incursões do lateral-direito Elias com a entrada do atacante Éverton Brito no lugar do volante Ramon Carvalho, porém com atribuição de acompanhar as incursões do jogador adversário.
TÉCNICO VÊ O JOGO
Enquanto a estratégia de Nelsinho teve validade na prática, do outro lado o técnico Luizinho Lopes não conseguiu detectar o óbvio: os volantes Ralf e Cristiano ‘morreram’ fisicamente no segundo tempo, devido ao desdobramento na fase anterior, e ele demorou para proceder às trocas.
Isso possibilitou que a Ponte Preta trabalhasse a bola no seu campo ofensivo, sem se observar a mesma ‘pegada’ do Vila. Aí ficam questionando por que a Ponte Preta ganha em casa e perde jogando fora.
Ora, são as circunstâncias do jogo e ela conta com um treinador que vê aquilo que a maioria dos seus parceiros de profissão não consegue.