Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 19 (AFI) – Se prevaleceu o melhor desempenho da Ponte Preta durante o primeiro tempo, no empate com o Santos por 1 a 1, tem-se que reconhecer as mexidas feitas pelo treinador adversário, Pedro Caixinha, que resultaram em equilíbrio após o intervalo, na noite deste domingo, em Campinas.
Assim, o placar da partida foi plenamente justificável.
Antes de ambas equipes ficarem ‘arriadas’ fisicamente, a partir da segunda metade do segundo tempo, o jogo foi disputado com qualidade plenamente aceitável.
A rigor, foi até surpreendente o desempenho da Ponte Preta, nesta segunda rodada do Paulistão.
Quem não dava um tostão furado para a remontagem de seu elenco, com jogadores ‘trintões’, o desempenho foi até acima do esperado.
JEAN DIAS ‘MANDOU BEM’
E que atuação de Jean Dias, atacante de beirada pelo lado direito, enquanto teve pernas!
Além de ganhar a maioria das jogadas, no duelo direto com o lateral-esquerdo Escobar, ainda flutuou por dentro e marcou o gol pontepretano, aos 42 minutos do primeiro tempo, ao escorar de cabeça, no primeiro pau, cruzamento do lateral-esquerdo Danilo Barcelos, ocasião que soube explorar falha de marcação do zagueiro Luan Peres, para testar a bola em direção ao canto direito do goleiro Gabriel Brazão.
Se o Santos até equilibrou a partida durante os 20 primeiros minutos, até o final daquele período só deu Ponte Preta.
DUELO DE TREINADORES
Foi um jogo marcado pelo duelo tático dos treinadores Alberto Valentim e Pedro Caixinha, de Ponte Preta e Santos.
Valentim determinou que Artur e Danilo Barcelos se alternassem quer na quarta-zaga, quer na lateral-esquerda.
Como Lucas Meireles, do Santos, não fazia o trabalho de recomposição, foi possível a Ponte Preta organizar jogadas por ali, até que sabiamente Caixinha sacou Meireles e colocou Lucas Braga, atacante de velocidade e que também faz a recomposição.
Valentim montou estratégia aprovada com dobra na lateral-direita – Pacheco e Maguinho -, inicialmente para aumentar a vigilância sobre o hábil Guilherme.
Nesta sacada, desobrigou Jean Dias de voltar para a marcação, e assim ele pôde explorar jogadas de velocidade basicamente no ataque, criando situações de perigo contra o Santos.
No intervalo, Caixinha sacou Escobar, e o Santos teve ganho com a entrada de Souza, que, além de melhorar a marcação, também atacou.
É preciso considerar, também, que Jean Dias cansou e Everton Brito, que o substituiu, tem outra característica.
GOL DE EMPATE
Embora o Santos tivesse mais presença ofensiva durante o segundo tempo, realce apenas para a jogada que determinou o gol de empate, aos oito minutos.
Lançado pelo lado esquerdo, Lucas Meireles ganhou a jogada do zagueiro pontepretano Saimon, ergueu a cabeça e teve a percepção da chegada de seu companheiro Guilherme, já dentro da área, para servi-lo em passe rasteiro e conclusão certeira no canto esquerdo: 1 a 1.
PERSPECTIVA POSITIVA
Pelo visto do time pontepretano, a perspectiva é que desenvolva um Paulistão sem susto sobre eventual risco de rebaixamento e, com quatro pontos ganhos e nível técnico bem baixo de várias equipes, talvez haja tendência dela brigar por classificação, para a segunda fase da competição.
OUTRAS COLUNAS
Duas colunas anexas ao Blog do Ari estão atualizadas, e cada qual com abordagem sobre o ponteiro-esquerdo Mauro, formado nas categorias de base da Ponte Preta, para posteriormente conquistar título brasileiro no Corinthians.
A passagem dele por Campinas é abordada em Cadê Você. Conotação nacional fica no áudio Memórias do Futebol. O acesso em ambas é através do link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/