Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 10 (AFI) – Claro está que o treinador Nelsinho Baptista também cometeu erros na derrota da Ponte Preta para a fraca Chapecoense, na noite de segunda-feira.
Todavia, torcedor de futebol é tão passional que ignora a importância dele na trajetória do elenco pontepretano nesta Série B do Campeonato Brasileiro.
Quando uns míopes por aí colocaram na cabeça do torcedor que o time teria condições de brigar pelo acesso na competição, neste modesto espaço só faltou a gente dar um chacoalhão nos desavisados e implorar para que acordassem.
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Alô pontepretano da velha guarda: o assunto de Cadê Você é Ditinho ou Dito Flecha, como preferirem, um veloz ponteiro-direito que passou pelo clube há mais de 50 anos. Os mais novos vão saber em detalhes a história dele acessando o link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/.
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MEIO DE CAMPO
De repente deu um ‘branco’ na cabeça de Nelsinho ao achar que escalar três atacantes seria possível partir pra cima da Chapecoense, construir o resultado e depois administrá-lo. Ele e dezenas de pontepretanos assim pensaram.
Só que futebol não é tão simplista como sugerem.
É preciso ser analisado o todo, e isso já deixei claro até para internauta que me insultou.
Se a Ponte Preta não conta com laterais confiáveis na marcação, com o agravante de dispor de dois zagueiros lentos e batíveis na velocidade, é imprescindível que se organize um cinturão de marcação eficiente na cabeça da área, visando solidez defensiva.
A inconstância do lateral-esquerdo Gabriel Risso já não recomendava que tivesse camisa entre os titulares, mas Nelsinho insistiu em escalá-lo, para sacá-lo no intervalo da partida de segunda-feira.
HUDSON
A intenção de Nelsinho ao dar camisa para o volante Hudson claramente seria ganhar mais um jogador no setor com visão na distribuição de bola.
Se Hudson até mostra certo acerto em passes, tem pecado por posicionamento muito recuado e sem a ‘pegada’ daqueles que ocupavam a posição.
De certo o treinador até tinha intenção de condicioná-lo para ganhar mais um ‘passador de bola’, projetando que gradativamente pudesse se ajustar no conjunto, na função de desarme, mas por ora o objetivo não foi atingido.
Não bastasse isso, o time pontepretano carece claramente de triangulações pelos corredores, em postura tática que requer avanços qualificados de laterais, o que não tem sido o caso.
IGOR INOCÊNCIO
Por falta de opção, Igor Inocêncio continua intocável na equipe, mas na lateral-esquerda o recomendável seria nova chance ao recém-chegado Heitor Roca, para se avaliar até aonde pode chegar.
Atuações decepcionantes também foram dos atacantes Iago Dias e Renato.
Logo, apesar das oscilações, torcedores cobraram mais espaço para Matheus Régis, que ficou no banco contra a Chape.
Assim, já que Nelsinho reconheceu a necessidade do processo de reversão de resultados, a chance está aí diante do também inconstante Ituano, já na sexta-feira.