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Queda na penúltima rodada é destrato ao pontepretano

Campinas, SP, 17 (AFI) – Vergonhosamente a Ponte Preta sequer teve que esperar a última rodada desta Série B do Brasileiro para ‘cavar a sepultura’ na competição.

Enquanto ela passava vexame em seus domínios, atropelada pelo Sport Recife na goleada por 4 a 0, a sua coletividade viu um CRB se superando na Vila Belmiro e carimbando a faixa de campeão do Santos, ao vencê-lo por 2 a 0, pulando para 42 pontos e se salvando.

E se restava um mínimo de esperança do pontepretano que tudo ficasse resolvido na 38ª rodada, a Chapecoense fez o seu dever de casa, ganhou de virada do Coritiba por 2 a 1, chegou aos 44 pontos e festeja.

QUEM É O CULPADO?

A pergunta recorrente do pontepretano é quem tem maior parcela de culpa pela tragédia, com o rebaixamento da Ponte Preta à Série C do Brasileiro.

Claro que o maior culpado é o presidente Marco Eberlin, quando ignorou as limitações do elenco e não se preocupou em reforçá-lo durante a janela de contratações.

Falta de aviso não foi. Ficaram iludidos com algumas vitórias enganosas e até acharam que esse elenco aí teria condições de brigar por acesso.

A rigor, até gente dos meios de comunicação entrou nesta ‘onda’, quando a advertência neste espaço era de time para, no máximo, se situar no bloco intermediário da classificação.

COMPETITIVIDADE

Você há de questionar por que em dado momento a equipe colecionou vitórias em casa e depois mostrou esse inacreditável decréscimo de rendimento?

Não nos esqueçamos que parte desse elenco é remanescente da temporada passada, quando só conseguiu se salvar do descenso desta Série B por um triz, na última rodada.

Aí, como saiu ileso do último Paulistão, houve equívoco de avaliação que esse grupo aí com algumas contratações suportaria a atual Série B.

JEH

Aparentemente, tudo caminhava para campanha sem risco nesta Série B, até a virada do turno, desconsiderando-se a que a equipe se valia da competitividade para obtenção de resultados, e pouca organização tática.

Fazia o básico para evitar deslizes defensivos, e cabia ao centroavante Jeh decidir partidas, e assim mascarar defeitos visíveis.

Todavia, como não dá para apostar que elenco limitado vai manter regularidade por tempo indeterminado, cabe aos homens de comando do clube ficarem ‘antenados’ sobre situações que implicam em brutal queda de rendimento da equipe, principalmente no aspecto físico.

O processo de decadência da Ponte Preta foi se desencadeando a partir do momento que a equipe não conseguia colocar em prática a competitividade do primeiro turno.

E por que perdeu essa competitividade?

Além do meia Élvis, um péssimo exemplo de condicionamento físico – por motivos que há muito deveriam ter identificados -, vários outros atletas também tiveram decréscimo de rendimento nesse aspecto, e não cabe aqui enumerar um a um.

Atribuir desgaste em final de temporada não procede, porque outros clubes mostram jogadores inteiros.

Culpar o preparador físico não é cabível, porque foi o mesmo que fez o time correr.

Logo, fica por conta do imaginário de cada um aquilo que supostamente teria ocorrido, e que dirigentes matreiros teriam observado e cortado o mal pela raiz.

NELSINHO BAPTISTA

Quando o então treinador Nelsinho Baptista teve a percepção que a situação fugia do controle, e que a ‘bomba’ estouraria em suas mãos, habilmente caiu fora.

A bem da verdade, ele conseguiu extrair muito mais do que esse elenco poderia oferecer, antes que a situação descambasse.

GUARANI

Logo, se coube aqui a citação que o Guarani padece de homens da bola na direção do clube, e por extensão o adequado seria a renúncia coletiva da cartolada, para abertura de espaço a bugrinos raízes propensos ao processo de reorganização do clube, o mesmo se aplica à Ponte Preta.

Se em dois anos o presidente Marco Eberlin ‘conseguiu’ rebaixar o clube por duas vezes, isso é prova cabal de sua incompetência.

Aí, natural que renuncie à presidência, procedimento que deveria ser seguido por seus pares de diretoria.

Para que o clube não fique acéfalo – até que seja realizada nova eleição -, seria recomendável que dois dirigentes afeitos aos processos administrativos e financeiros participem da etapa de transição a quem se habilite salvar o clube da encrenca que enfiaram.

LIMPEZA

No departamento de futebol, é imprescindível limpeza de cerca de 80% daqueles que aí estão.

Logo, a reformulação precisa ser criteriosa, com gente da bola, e que tenha discernimento para avaliar jogadores.

É possível, sim, a montagem de elenco razoável a custo compatível se dispensarem empresários que rondam o Estádio Moisés Lucarelli.

O adequado seria a Ponte Preta contar com gente que na batida de olho consiga distinguir quem é contratável quer neste Brasil afora, quer em clubes sul-americanos.

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