Campinas, SP, 19 – Poucas pessoas entendem tão bem de seleção brasileira como Romário. Campeão do Mundo em 1994, o jogador diz que o Brasil só será campeão do próximo Mundial, caso o time nacional jogue para Neymar Jr.
Aos 58 anos, o atacante e presidente do América e Senador da República (PL-RJ) participou de um jantar comemorativo dos 30 anos da conquista do tetra, realizado em um restaurante na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na noite desta sexta-feira.
Além do Baixinho, grande parte do elenco que conquistou o torneio esteve presente. Na entrada do evento, Romário foi questionado sobre a situação da seleção e não poupou críticas ao time brasileiro.
Ao ser perguntado por jornalistas sobre o futuro da amarelinha, Romário foi conciso: o Brasil precisa de Neymar se quiser vencer. “A história das seleções campeãs está aí. 70 foi Pelé, 94 foi o Romário, 2002 foi o Ronaldo… e se não jogarem para o Neymar, o Brasil não vai ser campeão. Simples assim”, disse o Baixinho.
“Ele já disputou duas ou três Copas, mas não jogaram para ele. Enquanto não jogarem para ele, enquanto não entenderem que ele é o ‘cara da diferença’, vão continuar se f…”, finalizou o atacante com um palavrão. Questionado sobre o que falta para o elenco atual repetir o sucesso do passado, o eterno camisa 11 voltou a exibir sua sinceridade ímpar. “Fazer gol. Os caras não fazem gol.”
Romário também reservou um tempo para elogiar Bebeto, seu companheiro de ataque no Mundial de 94. Os dois haviam brigado durante a eleição de 2022, mas fizeram as pazes. “Para muitos, até tiveram duplas melhores. Mas eu posso afirmar que foi a maior dupla do futebol mundo”, disse.
“A gente sempre esteve junto. Passamos por umas turbulências aí na época da campanha (política) há um ano e meio, mas essas coisas já passaram. Com certeza é o maior parceiro que tive na minha carreira e o carinho sempre vai permanecer.”
Quem também criticou a seleção foi Jorginho Em determinado momento do jantar, ele falou sobre a derrota na Copa América 2024 para o Uruguai e a diferença na forma com que os jogadores atuais encaram o time nacional.
“Quando nós fomos derrotados, nós não saímos de casa. Ficamos mais de um mês em casa com vergonha de ter perdido uma Copa do Mundo. Agora, acaba uma Copa América e os caras já postam foto em Ibiza, foto aqui, foto ali, como se nada tivesse acontecido. Se você não sente a dor da derrota, você não tem condições de se alegrar com a sua vitória”, afirmou o ex-jogador.