Por SÉRGIO CARVALHO
Campinas, SP, 21 (AFI) – O Brasil está devendo futebol. A Seleção Brasileira vai de mal a pior. Nem em casa, onde era considerada imbatível, ela consegue produzir um futebol que agrade torcida e crônica especializada. Em todo jogo que disputa, Dorival Júnior não adota um esquema de jogo e ainda costuma mudar algumas peças de seu time.
Durante cada partida, é fácil notar que faltam jogadas combinadas entre os jogadores, falta um esquema tático que explore o melhor de cada atleta dentro de suas características. E ainda falta coragem, ousadia, e personalidade ao time, para impor seu jogo. Na verdade, a grande preocupação do técnico da seleção é não tomar gols. O resto para ele, não é importante.
TIME JOGA FECHADO
Por isso, seu time joga todo fechado e não explora como deveria seus laterais e volantes no apoio contínuo ao ataque. Como consequência, a Seleção, mesmo com posse de bola, ataca pouco e quase não chuta contra o gol adversário. Apesar disso, o time brasileiro caminha entre os cinco primeiros colocados das Eliminatórias e, com certeza, vai conseguir uma vaga no próximo Mundial.
Mas o que vai acontecer lá na Copa se o time continuar a jogar esse futebol tão pobre e limitado que tem produzido nas Eliminatórias? A resposta é simples. O Brasil vai voltar mais cedo para casa e, ao contrário do que promete seu técnico, não vai chegar nem às semifinais do Mundial. Como, por sinal, já aconteceu nas duas últimas Copas quando Tite era o treinador.
FALTOU QUALIDADE
O jogo Brasil x Uruguai não foi fácil de assistir. Poucas jogadas de qualidade, poucos chutes a gol. O primeiro tempo então foi bem ruim. Mas no segundo tempo, as coisas melhoraram um pouco, a partir do momento em que Valverde, aos 9 minutos, abriu o placar em favor do time uruguaio. Assustado, o Brasil correu um pouco mais, criou algumas oportunidades para marcar, e, aos 16 minutos, Gerson fez o gol de empate.
A partir daí, pouca coisa boa aconteceu. As defesas prevaleceram, os ataques se desligaram, e as chances de gol desapareceram. No time brasileiro o goleiro Ederson foi bem e não teve culpa no gol. Os zagueiros Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner só se preocuparam em defender e pouco ajudaram no apoio ao ataque.
GERSON FOI O MELHOR
Dos meio campistas, Bruno Guimarães, Gerson e Raphinha, o meia do Flamengo foi o melhor. Na frente, mais uma vez, Savinho só se preocupou em driblar. Pouco produtivo. Igor Jesus não justificou sua escalação. Vinicius Junior fez pouco de positivo. No segundo período, Dorival Júnior trocou alguns atletas.
André e Paquetá entraram no meio campo, mas pouco fizeram. Luis Henrique correu muito mas fez pouco. O mesmo para Martinelli e Estevão. Ou seja: noventa por cento do time de Dorival pouco fez de produtivo. Daí o empate final de 1 a 1, que acabou sendo dos mais justos. Mais uma vez, a Seleção de Dorival ficou devendo. Até quando???