BLOG DO ARI
Campinas, SP, 28 (AFI) – Nesta goleada por 3 a 0 que a Ponte Preta sofreu para o Goiás, na noite deste domingo, em Goiânia, é preciso que se reconheça que o vencedor fez por merecer vantagem até superior, se outras claras oportunidades de gols fossem convertidas.
Que o treinador pontepretano João Brigatti sofreu um ‘nó tático’ do comandante do Goiás, Márcio Zanardi, foi outra evidência.
E mais: será que Brigatti lembra da passagem do zagueiro Luizão pela Ponte Preta, anos atrás?
Ora, então por que foram buscar outro Luizão para a zaga pontepretana?
Desculpem o trocadilho. Questiona-se por que não se certificaram que o quarto-zagueiro Sérgio Raphael, vindo do Nova Iguaçu (RJ), é boleiro cintura dura, sem velocidade, vencido facilmente em duelo com atacantes adversários e de qualidade discutível na saída de bola?
Pois é, Sérgio Raphael chegou e lhe deram a camisa titular, ignorando que até o reserva Castro tem rendimento melhor, sem considerar Nílson Júnior, que nem no banco ficou diante do Goiás, por algum motivo.
Evidente que Sérgio Raphael é parte de numerosos problemas para ajuste deste elenco pontepretano.
TRÊS ZAGUEIROS
Quando um treinador pauta a sua equipe com três zagueiros, como fez Brigatti, pressupõe-se que vai liberar os laterais para que a sua equipe tenha desafogo pelos lados do campo.
Na prática, mesmo desconhecendo qual seria o posicionamento da equipe pontepretana, o treinador Márcio Zanardi, do Goiás, soltou os seus laterais Dieguinho e Sander, para que se transformassem em atacantes de beirada, com seguidas incursões.
Logo, Zanardi travou suposta iniciativa de Brigatti de soltar os seus laterais Luiz Felipe e Gabriel Risso, que ficaram presos à marcação.
Sem criatividade para trabalhar a bola, jogadores da Ponte Preta a devolviam para o Goiás, que passava a ter mais volume de jogo no ataque.
JEH
A imprevisibilidade do futebol proporcionou que a Ponte Preta tivesse a chance mais clara para sair à frente do placar aos 19 minutos do primeiro, quando lançado em contra-ataque, o centroavante Jeh ganhou na corrida do zagueiro Edson, do Goiás, que cometeu pênalti inquestionável.
Aí Jeh se encarregou da cobrança, chutou a bola a meia altura, no canto direito, e proporcionou defesa ao goleiro Tadeu.
Irritado pelo desperdício do pênalti, em lance seguinte Jeh cometeu falta desproporcional no goleiro Tadeu, foi advertido com cartão amarelo, e suspeitando que o temperamento explosivo do atleta pudesse resultar em expulsão, Brigatti o sacou do jogo aos 28 minutos, substituindo-o por Iago Dias.
FALHA DE JOÍLSON
Bastaram três minutos, após o desperdício do pênalti da Ponte Preta, para que o Goiás convertesse a primeira real chance criada e ficasse à frente do placar.
Em bola cruzada por Rafael Rafa, pela direita, o volante Marcão aproveitou o vacilo de marcação do zagueiro Joílson, da Ponte Preta, para testar contra o canto direito do goleiro Pedro Rocha.
E a chance de empate da Ponte foi desperdiçada quase no final daquela etapa, quando o atacante Matheus Régis aproveitou vacilo do zagueiro David Braz e, sem ângulo, em chute cruzado, a bola foi para fora.
GOIÁS AMPLIA
Enquanto a Ponte Preta iniciava o segundo tempo naquele estilo amarrado, o Goiás continuou atacando em busca de ampliar a vantagem.
E se nos primeiros dez minutos daquela fase o objetivo deixou de ser atingido porque o goleiro Pedro Rocha, da Ponte Preta, praticou defesas em finalizações de Welliton e Herculano, na sequência surgiu a consolidação da vitória.
Aos 16 minutos, em bola cruzada à área pontepretana, novamente por Gava, o zagueiro Édson, do Goiás, cabeceou e marcou o segundo gol.
Não tardou para sair o terceiro gol, em erro inicial de Sérgio Raphael e seguido por outros seus parceiros de equipe, ocasião que, em rápida troca de passes do Goiás, Herculano apareceu para complementar, aos 28 minutos.
Esse foi o triste retrato da Ponte Preta ao sofrer esta goleada, mesmo adotando estratégia com três zagueiros.
Se foi válida a iniciativa de não escalar o meia Élvis, fora de forma, na prática Dodô, que teve a incumbência de substitui-lo, fracassou.
MEMÓRIAS DO FUTEBOL
No futebol, nem sempre filho de peixe, peixinho é. Exemplo foi o goleiro Edinho, filho do saudoso ‘rei’ Pelé, que teve curta carreira, com início no Santos, mas ainda está atrelado ao meio em outras funções.
O quadro de áudio Memórias do Futebol relata a carreira dele, bastando o internauta clicar no link localizado na plataforma https://blogdoari.futebolinterior.com.br/