Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 5 (AFI) – Ponte Preta surpreende o Norusca. Futebol tem algumas coisas indecifráveis.
Quando o torcedor pontepretano viu a escalação de sua equipe para enfrentar o Noroeste, e deparou que o treinador Alberto Valentim havia escalado apenas um titular – caso do zagueiro Vicente Concha – como crer que o time pudesse sair de Bauru, na noite desta quarta-feira, com resultado positivo?
Na prática, os reservas da Ponte Preta surpreenderam a todos, pois de lá trouxeram a vitória por 2 a 1 (confira detalhes!), que em hipótese alguma pode ser contestada.
Se o seu goleiro Pedro Rocha praticou três defesas de relevância, considere que a Ponte Preta soube se defender, não dando espaços para que o adversário fizesse jogadas de infiltração à sua meta, obrigando-o, na maioria das vezes, a fazer chuveirinhos, quase todos rechaçados.
PROPOSTA DEFENSIVA
Evidente que a escalação de jogadores reservas determinou que a Ponte Preta tivesse postura defensiva com três zagueiros, laterais orientados para não desguarnecer a posição e três volantes, para que o espaço na cabeça da área fosse bem preenchido.
Assim, afora dois descuidos até os 16 minutos do primeiro tempo, que permitiram chances reais de o Noroeste sair à frente, até o intervalo o jogo ficou controlado pelos pontepretanos.
O chute de Felipe Rodrigues, de fora da área, exigiu defesa do goleiro Pedro Rocha, que na sequência soube ter precisão em saída da meta, para encurtar o espaço do adversário Pedro Felipe e praticar a defesa.

GOL IMPEDIDO
A Ponte Preta só chegou a rondar a meta noroestina aos 34 minutos, quando o atacante Everton Brito foi lançado, serviu o volante Dudu que finalizou duas vezes e, no rebote do goleiro Felipe Alves, marcou o gol que acabou invalidado, pois a arbitragem flagrou posição de impedimento de Everton Brito, quando lançado.
Na segunda chegada aguda à meta adversária, a Ponte Preta inaugurou o placar.
Luiz Felipe, escalado como volante, lembrou os seus tempos de lateral-direito para arrancar com a bola, cruzar e contar com a falha do zagueiro Renan Araújo, do Noroeste, para que o atacante pontepretano Bruno Lopes, no carrinho, concluísse com sucesso aos 45 minutos do primeiro tempo.
PÊNALTI NO REINÍCIO
Se a situação estava ruim para o Noroeste, ficou horrível quando Felipe Rodrigues cometeu pênalti indiscutível sobre Everton Brito, com cobrança através de Bruno Lopes e chute rasteiro no meio do gol, enquanto o goleiro Felipe Alves saltou no canto direito: Ponte Preta 2 a 0.
Aquela confortável situação da equipe campineira permitiu que mantivesse o esquema defensivo e praticamente abandonasse até as poucas opções de contra-ataques, exceto uma finalização do garoto Gustavo Telles, que exigiu defesa de Felipe Alves.
Já o Noroeste, embora tivesse mais posse de bola, se restringiu a duas chances de gols, uma delas com o goleiro Pedro Rocha salvando chute de Thiago Lopes, além do lance que ele nada pôde fazer, no gol marcado por Pedro Felipe aos 14 minutos do segundo tempo.
Naquela jogada, falha inicial do zagueiro Nilson Júnior, que perdeu o tempo de bola no cabeceio. Depois, o lateral João Gabriel chegou atrasado na tentativa de intercepção.
MEMÓRIAS DO FUTEBOL
Na coluna semanal de áudio Memórias do Futebol, o personagem é o ex-goleiro João Leite, que fez sucesso principalmente no Atlético Mineiro.
Da bola, ele migrou à política, com seis mandatos consecutivos como deputado estadual por Minas Gerais. Acesse o link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/ e ouça.