Campinas, SP, 05 (AFI) – A primeira fase do Brasil na Copa América não inspirou a confiança em ninguém, e chegando nas quartas de final, a seleção tem muito mais dúvidas do que respostas. Sem tempo de fazer testes, o adversário agora será o Uruguai no mata-mata do torneio. A partida cheia de pressão, questionamentos e rivalidade acontece neste sábado (06), em Las Vegas, às 22h.
No Grupo D, o Brasil passou apenas em segundo, com cinco pontos, atrás da Colômbia, ficando à frente de Costa Rica e Paraguai. No Grupo C, a seleção uruguaia passou como líder, com 100% de aproveitamento contra Panamá, Estados Unidos e Bolívia.
No histórico do clássico são 79 partidas, com 38 vitórias brasileiras, 21 uruguaias e mais 20 empates.
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BRASIL COMPLETAMENTE PRESSIONADO
Após o empate contra a Colômbia, o técnico Dorival Júnior admitiu o desempenho abaixo da seleção em mais uma partida, mas ressaltou que faz parte de um processo de construção da equipe.
“É um processo, ninguém queima etapas, não sai da figura A para a F sem passar pela B. Vai ter partidas como a da Costa Rica, bons momentos como contra Paraguai, não tão bons contra Colômbia. Espero que a equipe continue crescendo nestes comportamentos fundamentais, assim como oscilaremos em outros mais, só se tira com treinos e jogos”, afirmou Dorival.
Para enfrentar o Uruguai, o Brasil terá que se virar sem o seu melhor jogador: Vinícius Júnior. Suspenso após levar o segundo amarelo na partida anterior, o substituto do camisa 7 é a grande incógnita para as quartas da Copa América. Savinho, Endrick, Evanilson e Martinelli são os candidatos que brigam pela vaga.
Com Savinho e Endrick sendo os favoritos, caso o primeiro seja o escolhido, a estrutura do Brasil sem um centroavante de ofício se mantém. Porém, com a necessidade de dar uma resposta ao torcedor, o jovem atacante de 17 anos pode ser o titular, dessa forma, a seleção usaria um “camisa 9” pela primeira vez na competição. De resto, a estrutura deve ser mantida.
URUGUAI VIVE BOM MOMENTO, MAS SONHA COM MAIS
Com três vitórias e a melhor campanha por conta do saldo de gols, o Uruguai vive um grande momento sob o comando de Marcelo Bielsa. Logo em sua chegada à Celeste, o treinador argentino deixou bem claro sua forma de enxergar futebol, e até aqui, é exatamente o que tem conseguido tirar de sua equipe.
“Sou obcecado por ganhar e tomar a iniciativa é a melhor forma de o fazer. Quero sempre que as minhas equipas ditem o ritmo. É nisso que acredito e isso faz-me sentir seguro”, declarou Bielsa.
Contra o Brasil, o Uruguai terá apenas uma possível baixa. O atacante Maximiliano Araújo, do Toluca do México, deixou a partida contra os Estados Unidos com uma entorse no tornozelo, e tem grandes chances de ficar de fora das quartas de final. Cristian Oliveira, do Los Angeles FC, pode ocupar a vaga no ataque.
Na armação, dois atletas do Flamengo alternam a titularidade na seleção uruguaia: Nico De La Cruz e Giorgian De Arrascaeta. No entanto, De La Cruz é quem parece estar um passo à frente neste momento no time de El Loco Bielsa, sendo o provável titular neste sábado. A forte base do Uruguai será a mesma que obteve sucesso na Copa América até aqui.